“Os Ricos que Paguem a Crise”
Política

“Os Ricos que Paguem a Crise”


Começa a ser de senso comum que dois sectores da economia são imunes a qualquer flutuação: os combustíveis e a banca. Se o clima económico é bom, eles estão bem. Se o clima económico aperta, eles estão tão bem ou melhor até.

Neste contexto, a expressão “Os ricos que paguem a crise” pode ser aqui aplicada. Como é óbvio, tal provocará arrepios a muitos magos da ciência económica. O aumento dos impostos em alguns sectores não só abranda ainda mais a economia, como acaba sempre por se reflectir nos consumidores. No entanto, se os aumentos forem aplicados nos sectores onde crise até gera efeitos positivos, não há razão para tal se reflicta nos consumidores ou no normal desenvolvimento económico.

A taxação dos lucros extraordinários das petrolíferas é, neste contexto, uma política positiva (quando aplicada com seriedade, como é evidente). Não se deverá ponderar a aplicação do mesmo modelo à banca? Como ontem referiu Jerónimo de Sousa, é um sector que tem beneficiado com as subidas constantes das taxas de juro. No momento actual, justifica-se que os referidos lucros extraordinários sejam taxados, obtendo-se eventualmente margem para aliviar a carga fiscal dos cidadãos.



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