Política





















Eleições na América – repórteres MacDonalds


No julgamento-Farsa o Tribunal Marioneta de Bagdad presenteia à opinião pública yankee a cabeça de Saddam Hussein numa operação perfeitamente sincronizada com as eleições no Capitólio.

That`s Incredible. Um “jornalista” na TSF, de quem não fixei o nome, dirige-se a Cavaco Silva inquirindo-o sobre a sentença de morte a Saddam proferida pela “JOVEM DEMOCRACIA IRAQUIANA” (sic). Exactamente assim, nestes termos.
Este estilo de “jornalismo” para asnos vulgarizou-se de tal modo que ninguém de seu perfeito juízo compra este tipo de coisas. Se esta gente que tais dislates profere não vive de subsidios, ninguém sabe do que é que vivem. O falhanço dos media noticiosos (oficiosos) regra geral espelha as ridículas, grosseiras e cínicas manipulações da realidade que têm sido a imagem de marca do regime Bushista. Mas, não desesperemos, porque isto não é sinal de vitória da tropa neo-fascista. Bem pelo contrário.

Na medida em que não existe hoje um só tribunal justo em todo o planeta – são estruturas ao serviço das oligarquias governantes em cada lugar, quanto mais no Iraque ocupado pelas tropas invasoras – é natural que os porta-vozes da nova Inquisição “se congratulem por simulacros de julgamentos deste género poderem ser levados até ao fim” – acrescentando-lhe magnanidade qb, relembrando a nossa tradição contra a pena de morte. Se Portugal tivesse em 1852 abolido igualmente a pena contra Mentirosos estavam safos! Sobre a “brutalidade do regime deposto” (palavra de Cavaco), depois de 650 mil mortos (assassinados) pelos ocupantes e seus sequazes, a história dos “ditadores que cometem atrocidades” (palavra de Cavaco), neste caso desmonta-se em meia dúzia de linhas.
O fim de Saddam, mais do que um castigo, deverá ser a garantia do seu silêncio. Um Presidente legitimo, membro de um partido de cariz a armar ao "socialista" árabe, é condenado à forca pela pior espécie de lumpen politico financiado por interesses geo-estratégicos estrangeiros. Deposto o lider iraquiano, a administração Bush impediu que fosse julgado por um tribunal internacional similar áquele que processou Milosevic em Haia, sem dúvida porque nenhum tribunal civilizado admite hoje condenações à morte como o menino rico ex-bêbado antigo governador do Texas sancionava regularmente. Há pressa para eliminar o ex-ditador, a quem decerto nenhum carcereiro do Império terá dado papel e lápis de forma que pudesse redigir as suas memórias. Ninguém se lembra de nos informar que Saddam não era nem sunita nem árabe em termos religiosos ou étnicos, apenas um simples tirano que para se manter no poder eliminou centenas de democratas de todas as etnias e ideologias. Se os acusadores quisessem recordar que os milhares de pessoas que foram executadas entre 1992 e 2003 foram sunitas, foi porque as regiões Curdas e Xiitas eram zonas de exclusão e estavam debaixo dos controlo dos EUA que supervisionavam as sanções depois da primeira guerra do Golfo.
Saddam é acusado junto com outros sete colaboradores da matança de 143 pessoas na povoação xiita de Duyail, em 1982; mas a memória dos acusadores é tão selectiva que não se recordam que Saddam se estreou com este ofício de mandatário sanguinário muito antes – em 1963, quando assumiu um alto cargo na nomenklatura iraquiana. Então, doutrinado e com armas fornecidas por Ronald Rumsfeld, linchou e executou um número próximo de 4.000 militantes comunistas iraquianos – acção pela qual mereceu o louvor e a inscrição nos ficheiros da CIA como um amigo canino dos americanos.















Saddam Hussein, Donald Rumsfeld e as Esporas Douradas que picaram a besta.



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