"Parem de fingir que isto é uma crise de Dívida pública"
Política

"Parem de fingir que isto é uma crise de Dívida pública"


"A Europa não tem um problema orçamental e a crise não é de dívida pública. Para Marc Blyth, professor de economia política internacional, o verdadeiro problema está nos bancos e nos activos tóxicos que estes mantêm nos balanços"

"Austeridade , A História de Uma Ideia Perigosa" Mark Blyth
capital tranferido problema resolvido
"Hoje em dia, tanto na Europa como nos Estados Unidos, criticam-se os gastos do Estado como se a causa da deterioração da economia fossem apenas o desperdício e a irresponsabilidade dos governos. E para a solução da crise financeira, implementaram-se políticas draconianas de corte orçamental como uma espécie de castigo sobre os cidadãos, que são acusados de terem vivido acima dos seus meios e possibilidades – e que agora terão de “apertar o cinto”. Esta visão esquece – muito convenientemente – a origem do endividamento, que não foi a orgia despesista do Estado, mas sim o resultado directo do resgate e da recapitalização do sistema bancário. Através destas operações, a dívida privada passou a ser dívida pública, e, enquanto os verdadeiros responsáveis deste processo saem impunes, o Estado arca com a culpa e os contribuintes carregam o fardo do aumento de impostos, do desemprego e da perda de direitos fundamentais.
Para o economista e professor Mark Blyth, autor deste livro, a viragem global para as políticas de austeridade é uma ideia muito perigosa. Em primeiro lugar, não funciona. Como os últimos quatro anos e exemplos históricos do último século o demonstram, a tentativa do Estado em conter a despesa barrando os caminhos do crescimento até pode ter algum resultado prático, mas nunca quando todos os países o praticam em simultâneo – isso só leva à recessão global. Em segundo lugar, pedir aos inocentes (os cidadãos, os contribuintes) que paguem pelos erros dos culpados (os Estados, os grandes bancos) é sempre má política. Em terceiro lugar, a receita da austeridade apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade para todos, contraria o princípio da igualdade de oportunidades e só leva à pobreza e à desigualdade social. Ou seja: estaremos dispostos a pagar o custo da austeridade?" (entrevista)



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