a caricatura do Estado Social
Política

a caricatura do Estado Social


a Visão traz numa página interior de cusquices o número garrafal 6380 milhões atribuindo-o à fortuna dos 3 homens mais ricos de Portugal, fortuna que cresceu 1,4 mil milhões de euros em 2010 apesar da crise. Ou seja, como se lembra aqui no Castendo "a fortuna acumulada de Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e Alexandre Soares dos Santos  é o equivalente a 3,6% do produto interno bruto nacional!
isto é, 3,6% do trabalho durante um ano inteiro de todos os 10 milhões de portugueses

Como é que estes 3 tipos não hão-de ser unha com carne com o regime neoliberal comandado pelo Cavaco?

O extracto acima referido provém do livro de Santiago Camacho "a Troika e os 40 Ladrões, a Verdade sobre os Interesses que Estão por Detrás desta Crise Económica", pag. 269/270. cuja introdução é feita sob a égide do pensamento do jornalista francês Jean Daniel acerca do "efeito Ponzi" no capitalismo tout court
(mas aí já a "Visão" do Balsemão não chegou):

"O predominio do capital financeiro fez com que a Sociedade inteira se transformasse numa Bolsa de valores que já só pode optar entre um individualismo cínico e um roubo organizado".
Segundo Matt Taibbi este regime é definido como uma Cleptocracia, onde actuam uns quantos milhões de accionistas fabricantes de bolhas especulativas na economia, que se convertem em vampiros financeiros numa era de fraude generalizada global. Quando as bolhas criadas pelo capital inexistente como se fosse material sólido rebentam no ar, os lacaios politicos que essas sanguessugas bancárias possuem a soldo ao mais alto nivel nos governos actuam por forma a que os prejuizos decorrentes dos crashs sejam consideradas dívidas que têm de ser pagas por inteiro pela totalidade da população. Por fim, os "credores" intervêm, em conjunto com os organismos internacionais, para impor severos ajustes que espremem as condições sociais para gerar o excedente e poder cobrar. É então que se manifestam claramente as contradições que se foram acumulando, de um lado entre o Estado e as sociedades que representa e, do outro, o capital financeiro que opera à escala global"

A fortuna acumulada de Américo Amorim, à custa das suas parcerias com a máfia governativa angolana, corresponde ao rendimento anual do total da população das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Os supermercados Continente (da Sonae de Belmiro de Azevedo) e o Pingo Doce (do grupo Jerónimo Martins) estão entre os 10 maiores importadores portugueses, ou seja, as 3 maiores fortunas portuguesas construiram-se à custa da exportação de capitais obtidos como lucro sobre o consumo interno em detrimento dos produtores internos, apesar do estafado discurso do interesse nacional.

Voltando à Troika dos 400 Ladrões (ou serão 4000?) "falamos de fortunas de dez algarismos, facto que dificulta muito a sua quantificação, porque a maioria dos portugueses tem um salário médio que oscila entre os mil euros e o salário mínimo (que ascende aos 485 euros). Se à fortuna de Américo Amorim (o homem mais rico de Portugal mas que foi acusado de falsificação de documentos, fraude e desvio de fundos, e a quem a União Europeia exigiu uma indemnização de 77 milhões de euros por uso fraudulento de fundos de formação profissional entre 1985 e 1988) somarmos as fortunas de Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, globalmente valorizadas em 6,38 mil milhões de euros, podemos chegar à conclusão que a fortuna dos três multimilionários supera os rendimentos de 3 milhões de portugueses. Estas são as desigualdades sociais existentes num país cujas instituições foram assaltadas pelos grandes grupos económicos. As más acções são exemplificadas através dos casos do BPN, BPP, BCP, nos processos judiciais Furacão, Portucale, Casino de Lisboa, Submarinos, Edificios dos CTT, Face Oculta, entre muitos outros casos"
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