a CGTP conta hoje com 700 mil filiados. A população de Portugal é de 10,6 milhões de habitantes. Calculando-se a força produtiva do país em cerca de uns escassos 3 milhões e meio de trabalhadores (integrados no sector secundário e terciário, uma vez que com as sucessivas politicas de adesão à globalização neoliberal o sector primário foi praticamente destruido) pode afirmar-se que a percentagem de filiação sindical na CGTP-Intersindical é de menos de 20 por cento do total de trabalhadores activos. Uma vez que a obrigatoriedade de sindicalização foi também liberalizada, o movimento sindical tornou-se incipiente, ficando os trabalhadores desarmados face à predisposição da maior central sindical nacional em aceitar pactuar com o reformismo conciliador proposto pelos sucessivos governos. Face a este panorama desolador a meio da manifestação de ontem alguém da organização se lembrou de dizer que o momento era de festa (a Confederação Geral dos Trabalhadores de Portugal faz 41 anos) e a multidão desatou a cantar os parabens a você...
Em vez de se tratar de um programa de luta sério, uma Greve Geral com ocupação dos postos de trabalho por tempo indefinido até que sejam revertidas as politicas anti-sociais e anti-patrióticas... os trabalhadores afectos à Intersindical presentes na manifestação de Lisboa da CGTP aprovaram a realização de uma semana de luta, entre 20 e 27 de Outubro, que incluirá greves nos sectores privado e público (ler aqui) - Festa é festa: "A polícia e os serviços secretos já estão a identificar possíveis protagonistas que incitem à violência nas próximas manifestações", adianta hoje o Diário de Notícias
A linha sindical Luta-Unidade-Vitória é a única que tem proposto que uma dívida que não foi contraída em beneficio do país nem da classe dos trabalhadores não deve ser paga por estes!