A Invenção dos Judeus Portugueses (II)
Política

A Invenção dos Judeus Portugueses (II)


A “Consolação às (a)Tribulações de Israel”, a primeira "obra literária" em português de um alegado judeu, era praticamente desconhecida em Portugal e pelo mundo fora, até que a Fundação Gulbenkian resolveu editar o livro em 1989. Na referida obra, o autor Samuel Usque serve-se de uma prosa inspirada nos textos bíblicos, na literatura sagrada e em clássicos gregos, "para contar a história do povo judaico, mártir e perseguido, ao mesmo tempo que declara a esperança dos Judeus atingirem a Terra Santa" (em 1553).

Diz-se no próprio prefácio da edição da Gulbenkian: "“o texto levanta problemas, os quais não foram, nem poderão vir a ser esclarecidos de maneira satisfatória. Há os porquê e para quê, assim como os para quem” (pp133). O original das “Tribulações de Israel” é dedicado a Gracia Nasi, comparada pelo autor “ao próprio Sol por afeição em ser eu, ilustríssima Senhora vossa feitura (…) grato das muitas mercês que de vossa larga mão tenho recebido

Quem era Gracia Nasi?

Gracia Nasi”, nascida em Lisboa em 1510 como Beatrice de Luna no seio de uma família espanhola de Aragão, foi uma das mulheres mais ricas da Europa renascentista. Adquiriu fortuna quando se casou com Francisco Mendes Benveniste, dono da eminente casa internacional financeira - a Casa dos Mendes - igualmente operadora das carreiras de naus de comércio de especiarias entre Lisboa e Antuérpia (então um principado dos Habsburgos) para onde, depois de uma passagem por Ferrara em Itália, Dona Gracia se mudou depois que ficou viúva em 1538. Era tia de José Miquêz, uma figura importante na politica do Império Otomano para onde Gracia emigrou novamente, vindo a morrer em Constantinopla em 1569. Gracia Nasi era então alguém a quem chamaríamos hoje "grande empresária" cuja familia detinha o monopólio da carreira de transferência de bens vindos de África e do Oriente com destino ao norte da Europa, mais desenvolvida. Com Lisboa reduzida a mero entreposto comercial de transição a "epopeia dos descobrimentos" viu-se submetida aos interesses estrangeiros. Gracia Nasi era então "uma das pessoas mais ricas e importantes da cidade, possivelmente morando na luxuosa Rua Nova próxima do centro financeiro e da Alfândega" (conforme menciona Esther Mucznik a biografia que pariu da personagem), residindo ao lado de banqueiros e comerciantes abastados vindos de toda a Europa atraídos pelas oportunidades de investimento com o retorno de juros elevadíssimos - isto é, Gracia Nasi ascendeu à condição de "judia" pela sua posição sócio profissional. Como rica e sanguessuga, integrou por direito próprio o grupo de judeus odiados pelo povo ao qual a Igreja naqueles dias dava uma mãozinha condenando a usura.

E no entanto, diz a moderna propaganda judeo-sionista ao construir a lenda, Dona Gracia ajudou milhares de judeus pobrezinhos a safar-se das agruras das perseguições da Inquisição liderada pelos cristãos, fazendo jus às seculares "atribulações do povo de Israel"...
Não se percebe!
A patrona Gracia e os seu protegido Samuel Usque que fugiram da Inquisição portuguesa foram refugiar-se em Ferrara ficando a "trabalhar" sob a égide de um notável Duque italiano que era ele próprio uma simbolo da Inquisição decretada pela Papa sobre todos os submissos povos do sul da Europa?



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