Política
A mídia demo-tucana vai ter que surfar na marolinha de Lula
UM ANO DA CRISE MUNDIAL.
Candidato a gigante.
Depois de sucumbir ao estouro da bolha imobiliária americana, em 15 de setembro de 2008, Brasil sai de uma breve recessão e surpreende pela rapidez na retomada do emprego, da renda e da produção.
VICENTE NUNES
No próximo dia 15, a mais grave crise mundial desde 1929 completará um ano. Estima-se que, a partir daquela data, quando o estouro da bolha imobiliária americana fez ruir o banco Lehman Brothers, pelo menos US$ 25 trilhões em riquezas viraram pó em todo o planeta. Para evitar o colapso total, os governos prepararam pacotes de ajuda que totalizaram US$ 15 trilhões, dos quais US$ 10 trilhões foram efetivamente usados.
Apesar de toda essa injeção de dinheiro e de operações que evitaram a derrocada de gigantes do sistema bancário e de seguros por meio de impensáveis programas de estatização, mais de 100 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza e o Produto Interno Bruto (PIB) global deverá registrar neste ano contração de 2,5%, depois de um período áureo de crescimento, que se estendeu de 2000 a 2008.
Em meio a esse cenário catastrófico, há o que comemorar. A despeito da rápida recessão, entre outubro do ano passado e março último, o Brasil retomou o crescimento e deve ser um dos poucos países do mundo a fechar 2009 com PIB positivo. E, melhor, expandir-se até 5% em 2010, o dobro da média global. O desemprego, que passaria dos 10%, teve seu pico em março, batendo em 9%, e está em queda. A renda se manteve crescente e o dólar, que chegou a encostar nos R$ 2,50, vem sendo negociado a R$ 1,85.
Pela primeira vez em um período de turbulência, os juros caíram, cravando 8,75% ao ano, o menor da história. Mas, ainda que esses indicadores mostrem um país mais forte, reflexo de anos de políticas macroeconômicas responsáveis, há muitas dúvidas no ar. A principal delas: o governo resistirá à tentação de aumentar seus gastos? Na visão do presidente da consultoria Macroplan, Cláudio Porto, se contiver os excessos fiscais e fizer o dever de casa, dentro de 20 anos o Brasil terá sido alçado ao Primeiro Mundo.
Fonte: aposentado invocado
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