A perda de influência e o gradual desaparecimento dos Estados-Nação
Política

A perda de influência e o gradual desaparecimento dos Estados-Nação







Quatro anos depois da invasão é em Londres, na Lancaster House, que se decide o futuro do Afeganistão. 2.000 milhões de dólares é o valor oferecido pelas forças de ocupação do eixo anglo- americano que pretendem recuperar a administração pública do país a acrescentar aos 20.000 milhões de dólares de “ajuda” já “oferecida desde 2002. Apesar destes números impressionantes os resultados obtidos e a situação do Afeganistão são confrangedores

– 500 mil pessoas vivem sem casa ou em barracos improvisados só na capital Cabul, a taxa de mortalidade infantil é de 25,7%, existe apenas um médico para cada 6000 pessoas, a esperança de vida média é de 44,5 anos, uma das mais baixas do mundo, 80% das mulheres são anafabetas, só 12 em cada mil afegãos têm telefone, 100 pessoas morrem ou ficam feridas em média por mês devido a minas ou artilharia por explodir, 53% dos habitantes vivem com menos de 1 dólar por dia, a taxa de desemprego é de 40% - tudo isto “funcionando” para que o Afeganistão seja responsável pelo fornecimento de 87% do consumo mundial de ópio.
Mas é neste país, onde a maioria da população vive com menos de 1 dólar por dia, que várias centenas de estrangeiros recebem, também por dia, entre 500 (413 euros) e 1000 dólares. Na capital trabalham 3000 a 4000, muitos como consultores governamentais para ajudarem os vários ministérios a funcionar mais eficazmente.

De acordo com um estudo do Banco Mundial não publicado (mas divulgado pelas agências de noticias), num orçamento de 3100 milhões de dólares (cerca de 2400 milhões de euros), estes funcionários representam perto de 500 milhões. A maioria são norte-americanos, pagos pela ajuda norte-americana e subcontratados através de empresas como a Bearing Point ou a construtora Louis Berger. “No Afeganistão, o desperdicio de ajuda é altissimo: há uma verdadeira pilhagem em curso, principalmente pelas empresas privadas. É um escândalo” resume à AFP o próprio director do Banco Mundial para o país, Jean Mazurelle. “Em 30 anos de carreira, nunca vi nada assim!”, reforça, estimando que entre 35 a 40 por cento da ajuda é “mal gasta”. Segundo afirmou este mês o próprio presidente, Hamid Karzai, a ajuda “é desperdiçada em altos salários, carros e casas de luxo,,, que o Afeganistão não pode pagar”. Uma parte razoável do desperdício explica-se com a dispersão do dinheiro, inexistência de uma autoridade centralizadora de controlo e resistência em trabalhar através do governo, sob suspeita de corrupção. De acordo com o Washington Post, a Louis Berger construiu ou renovou 533 edificios no país a um custo médio cada um de 226 mil dólares (187 mil euros), enquanto o Governo afegão poderia ter gasto em cada uma das obras apenas 50 mil dólares (41 mil euros)










(dados retirados do jornal Público)



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