Crônica de sábado
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Crônica de sábado



Então,morri?!...

Walnize Carvalho

Os versos da canção do Caetano: “Atrás do trio elétrico/ Só não vai quem já morreu…” ecoaram mais forte no meu peito, do que o som que ouvia da varanda de minha casa de veraneio, advindo daquela máquina que arrasta multidões.

E como formigas voadoras vi (mais uma vez) a correria dos vizinhos, dos veranistas de fim de semana, de crianças, de moças e rapazes, de pessoas de minha faixa etária e até mais idosas do que eu, indo se juntar ao cordão dos seguidores da Alegria. E nessa corrida semanal (sábados e domingos o evento se repete) sempre ouço de alguém: – Você não vai?Tá ficando velha!…
Respondi (habitualmente) com um simples sorriso e por ali fiquei (como de costume) ensimesmada no que nos faz ficar felizes, independente da idade, e, principalmente, na idade madura.

Logo me veio à lembrança, a frase da escritora russa (autora de livros infanto-juvenis) Tatiana Belinky (92 anos): “Sou antiga, mas não sou velha, porque dentro de mim continua vivinha a criança que fui e isto me permite estar em sintonia com crianças e jovens, com quem procuro repartir minhas curtições de ontem e de hoje.”

E mais… Li em recente entrevista, feita à brilhante atriz Beatriz Segall a resposta por ela dada: “Envelhecer, o que é isso? (risos). Eu não sou velha, aos 85 anos sou no máximo antiga. Vaidoso todo mundo é. Me cuido, sobretudo quanto à saúde. (…) O que acho importantíssimo é você se preparar e saber que a idade uma hora vai chegar e que ela é sempre carregada de coisas boas. Se você se prepara, lê, estuda, você continua sonhando e tendo interesses, você envelhece bem.”

Sonhar e ter interesses… Metas aos quais me apego e tento pôr em prática num explícito plágio de “receita de bem viver”.

Neste exilo voluntário (aqui em Farol), onde o passado desfila diante dos meus olhos, em saudosas e salutares lembranças (me permitindo, inclusive, trazer historinhas vividas aos meus leitores) mescladas com fatos presentes, sinto o quanto é importante dar leveza à vida, sem me preocupar com modismo, com o “gostar” coletivo e, principalmente, com o correr dos anos…
E quanto ao trio elétrico?…

Este fez com que parasse a leitura do livro, que tinha em mãos e observasse a dança dos galhos da amendoeira da casa em frente, sendo guiados pela brisa da tarde. Um belo espetáculo da Natureza, que me deixou apaziguada e me fez sentir “vivinha da silva”…



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