Gangorra Walnize Carvalho
Ok!Ok! Eu ré confesso (até em nome da minha classe) que, nós mulheres, somos –digamos assim – irrequietas. Queremos ir, queremos ficar, queremos...
Vivemos dias de Sim e dias de Não.
Introspectivas, buscamos camisola, disco na vitrola e mansidão... Horas depois desejamos caminhar pela rua, espiar a lua e ser Estrela na imensidão.
Vaidosas, aparecemos de cabelos ondulados para em seguida corrermos para o cabeleireiro. Saímos de lá (sem cachos) e radiantes graças a “escova inteligente”. E as unhas? Multicoloridas! Azuis, amarelas, rosa bebê, rosa shock...Momentos de “não me toques” é bom nos esquecer!
Pueris, soltamos a criança que existe em nós e reviramos o baú das lembranças tirando de lá a boneca de louça e o bambolê. Dura muito a brincadeira? Qual o quê! De salto alto, batom bem retocado nos lábios, nos transformamos em donas da situação, poderosas - Mulher Gato - para em questões de segundos ficarmos chorosas pelos cantos, tal qual Gata Borralheira!...
Em estado de letargia tudo o que queremos é estar numa ilha deserta lendo alguma poesia... e em lá estando, almejamos que apareça quem nos leve de volta para a metrópole. E de volta à metrópole haja shopping, compras, correria, euforia, frenesi e só tai-chi para nos acalmar...
Numa multiplicidade de papéis: fada, bruxa, bailarina, cigana, mulher, menina vamos do trágico ao cômico num piscar de olhos.
Versáteis, transitamos com naturalidade por ambientes imaginários que vão de encontro ao nosso estado de espírito: de cativeiro a picadeiro.
Mas é no Parque de Diversões da vida, num vai e vem da gangorra da emoção que buscamos o eixo neste mundo de ilusão.
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Walnize CarvalhoEufóricas ou melancólicas vamos vivendo nossa condição feminina.De tão observadas merecemos rótulos: vitoriosas, guerreiras, apáticas, pragmáticas, divertidas, mal-humoradas, antenadas, autocentradas, extrovertidas, introspectivas,...
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Encerrando o mês da mulher( não vale dizer que é todo dia!)minhas considerações sobre nós: Ah! Nós, mulheres!... Eufóricas ou melancólicas vamos vivendo nossa condição feminina. De tão observadas merecemos rótulos: vitoriosas, guerreiras,...
A flor e a mulher Walnize Carvalho Passeia pelo jardim da praça. Como um garimpeiro Olha Cantos Recantos Frestas de árvores Teias de aranha Ninhos e flores. Vê uma rosa no chão: Rosa-mulher. Alguém a arrancou da roseira A aspirou E a jogou no...
“Dias de sim Dias de não” camisola disco na vitrola mansidão Rua lua ser estrela na imensidão. Cabelo ondulado escovado unhas rosa bebê rosa choque “não me toques” bambolê salto alto pé no chão letargia poesia dona de casa ou da situação...