Desemprego na Grande Depressão comparado com a Nova Recessão
Política

Desemprego na Grande Depressão comparado com a Nova Recessão


Desemprego em Espanha supera os 25%. Uma em cada quatro pessoas não tem trabalho. Segundo previsões da OCDE em Portugal a percentagem de desempregados atingirá os 16,2% em 2013 (a oficial, porque a Taxa de Desemprego Real actualmente já atinge os 23,7%).


Recordamos que a actual Grande Recessão se iniciou em 2008, sendo que esta é indubitavelmente mais grave que a que ocorreu em 1929. É fazer as contas, para se apurar em que lugar estamos na “travessia da ponte”, isto é, supondo que a ponte tem fim, ou que não acabe abruptamente no precipicio de outra catástrofe...

Taxas médias de Desemprego durante a Grande Depressão iniciada em 1929

em 1929: 3.2%
em 1930: 8.9%
em 1931: 16.3%
em 1932: 24.1%
em 1933: 24.9%
em 1934: 21.7%
em 1935: 20.1%
em 1936: 16.9%
em 1937: 14.3%
em 1938: 19.0%
em 1939: 17.2%
(fonte)

O desemprego começou ligeiramente a descer meia década antes do início da Segunda Grande Guerra. Isto é, quando os Estados Unidos iniciaram enormes investimentos na indústria militar, empregando nesse sector grande parte da população inactiva que, em nome do patriotismo e da sobrevivência (e da ameaça bolchevique na Europa como garantia de que haveria um inimigo), aceitavam trabalhar a baixo custo. A partir daí os Estados Unidos iniciaram igualmente uma feroz campanha de tramóias (por exemplo, criando o incidente que envolveu o seu embaixador na Polónia e esteve na base da invasão pelas tropas de Hitler) e de contra informação, até envolver completamente os Estados Unidos na guerra (como por exemplo Pearl Harbor). A partir daí o ciclo de desemprego inverteu-se, começando a descer com a aceleração do esforço de Guerra.

Perto do dito “pleno emprego” em 1929, ou seja uma taxa de desemprego de 3,2% considerada nomal no capitalismo, a seguir ao crash em Wall Street esta disparou brutal e abruptamente alastrando para uma depressão global. Pouco mais de um ano depois o desemprego atingiu os dois dígitos. Nos finais de 1930 a situação continuava a deteriorar-se pelos anos 1932/33, quando praticamente uma quarta parte dos trabalhadores não encontrava trabalho. O “New Deal” (a aposta no keynesianismo militar) ajudou a reduzir o desemprego até 1937, quando uma nova recessão económica rapidamente causou uma nova vaga de desempregados. O “pleno emprego” não voltaria até ao principio dos anos 40. Isto é, com a Guerra!
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