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Resultado amplia chance de PIB crescer até 6% neste ano

Estêvão Kopschitz Xavier Bastos* – O Estado de S.Paulo

A divulgação da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE é acompanhada com bastante interesse porque é bem abrangente, trazendo um retrato fidedigno do que se passa no setor industrial. Além disso, a indústria, embora tenha peso inferior a 30% no PIB, é o setor que mais influencia suas oscilações, porque seu peso é considerável e suas variações, fortes. O crescimento que se observar na pesquisa não será diretamente aquele observado no setor industrial do PIB, porque os conceitos e metodologias nas duas pesquisas são diferentes, mas os dados dessa são muito utilizados no PIB.

Com todos esses “poréns”, o crescimento da indústria em fevereiro, juntamente com uma hipótese para março (que tenha crescimento sobre março de 2009 intermediário entre as taxas observadas para janeiro e fevereiro), sugere que o PIB do primeiro trimestre de 2010 pode ter crescido em torno de 1,5%, na série ajustada, sobre o do quarto trimestre de 2009. Isso aumenta a chance de que o crescimento do PIB em 2010 fique entre 5,5% e 6,0%. Não custa repetir que essa taxa estará muito influenciada pela baixa base de comparação. Se o PIB de 2010 crescer, por exemplo, 5,7%, a taxa acumulada no biênio 2009-2010 terá sido de 5,5%, já que o PIB em 2009 caiu 0,2%. Na média dos dois anos, o crescimento terá sido de 2,7%, bem inferior à média de 2004 a 2008 (4,8%). É certo que essa média se deu em outro contexto internacional. No período, o PIB mundial cresceu, em média, 4,5%.

Aliás, é interessante notar que o Brasil se beneficiou da bolha internacional e também dos remédios aplicados nos países mais atingidos, que geraram grande aumento da liquidez internacional, em resposta a forte diminuição do crédito bancário que caracterizou a crise. No Brasil, embora o sistema financeiro estivesse sólido, o crédito também escasseou, atingindo mais a indústria. Assim, as fortes taxas de crescimento nos dados industriais refletem a normalização da produção do setor mais atingido.

O ambiente à frente parece favorável. Embora mais lentamente do que esperado, a demanda global se recompõe, enquanto, internamente, a retomada da indústria ao longo de 2009 teria já se utilizado dos estoques gerados pela recessão. O nível de utilização da capacidade instalada não parece ser um fator limitante. Restam, é claro, as questões de sustentabilidade do crescimento de longo prazo, ainda por resolver, como infraestrutura, educação e saúde, para citar algumas.

ECONOMISTA DO IPEA

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