Política
"sem que o pareça, "Estamos mais ligados ao invisível do que ao visível"
disse Novalis, poeta alemão (1772-1801)
O resultado da recente legislação que visa banir os pequenos partidos do quadro político “na Europa”, tiveram o único resultado possível: o Partido dito Socialista de Zapatero e o Partido Popular do criminoso Aznar juntos, com uma diferença entre eles de 16 lugares no Parlamento, obtiveram 83,75 por cento da totalidade dos 25.514.671 votos válidos (dos quais se excluem 26,88% de votos de abstenção, brancos e nulos, ou seja, 8.807.881 votos). Para definir a situação pode afirmar-se que a vitória pertenceu ao PPSOE uma espécie de partido único, filho do método de Hondt optimizado, com duas tendências internas que coincidem no essencial. Este “bloco central fabricado pelos media” obtém 322 deputados ( com 13.991.936 votos) e todas as restantes opções politico-ideológicas foram praticamente excluidas em Espanha: numa Câmara de 350 representantes, os restantes partidos, todos juntos conseguem eleger 28 deputados (16,25% = 3.075.981 votos, incluindo os votos desperdiçados em pequenos partidos que não conseguem eleger nenhum deputado). Estas não são as contas feitas pelos contabilistas do regime, que à partida simplesmente excluem logo das estatísticas os abstencionistas que não compareceram às urnas; num sistema de representatividade viciado – mesmo perante a cruzada contra a abstenção cerca de 37 por cento dos “espanhóis” não votaram!
Resumindo, dos 34.623.652 espanhóis recenceados como eleitores, a “sólida” cabeça de governação de José Luís Rodriguez Zapatero é assim eleita por 6.106.080 dos votos que integram a “maioria bezerrática” (porque votam sempre nos mesmos dois partidos), apoiando-se mutuamente naquilo que os media corporativos, à falta de assunto para encobrir a fraude da não participação das populações, chamam de “reforço do bipartidarismo”.
Curioso como os comentadores domésticos “de esquerda” acham que “Zapatero consegue uma grande vitória porque governou à esquerda” – isto quando a alternativa nacional espanhola de facto à esquerda (burguesa ou dita caviar), o Partido Izquierda Unida quase desaparece do mapa, conseguindo apenas eleger 2 deputados, os Partidos regionais com tradições de autonomia, a C.I.U. da Catalunya elege 11 deputados e o Esquerra 2 deputados (que representam a condenação da exploração fiscal colectada em Barcelona que ruma a Madrid sem que exista retorno em investimentos na região de origem) , e o centrista moderado Partido Basco EAJ-PNV consegue 6 deputados, depois de indevidamente ilegalizado o Batasuna, o Movimento de Libertação Nacional Basco, responsável pela grande abstenção que se verifica nesta região, pese a prática do assassinato politico encomendado como forma de angariar votos para o PSOE.
Para quem não compreendeu de todo o processo de exclusão, que compre o Público onde se explica linearmente em editorial o resultado: "a vitória do PSOE e a subida do PP, é a vitória d"as duas Espanhas" de sempre. Os fantasmas da "Espanha eterna" também votaram nas eleições de ontem. Mau sinal" - nas ruminações do articulista existe uma zelosa e velada apetência para varrer cada vez maiores sectores da população da interferência nas peripécias mediáticas dos dois partidos únicos
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Política
eleições "espanholas"
"sem que o pareça, "Estamos mais ligados ao invisível do que ao visível"disse Novalis, poeta alemão (1772-1801)
O resultado da recente legislação que visa banir os pequenos partidos do quadro político “na Europa”, tiveram o único resultado possível: o Partido dito Socialista de Zapatero e o Partido Popular do criminoso Aznar juntos, com uma diferença entre eles de 16 lugares no Parlamento, obtiveram 83,75 por cento da totalidade dos 25.514.671 votos válidos (dos quais se excluem 26,88% de votos de abstenção, brancos e nulos, ou seja, 8.807.881 votos). Para definir a situação pode afirmar-se que a vitória pertenceu ao PPSOE uma espécie de partido único, filho do método de Hondt optimizado, com duas tendências internas que coincidem no essencial. Este “bloco central fabricado pelos media” obtém 322 deputados ( com 13.991.936 votos) e todas as restantes opções politico-ideológicas foram praticamente excluidas em Espanha: numa Câmara de 350 representantes, os restantes partidos, todos juntos conseguem eleger 28 deputados (16,25% = 3.075.981 votos, incluindo os votos desperdiçados em pequenos partidos que não conseguem eleger nenhum deputado). Estas não são as contas feitas pelos contabilistas do regime, que à partida simplesmente excluem logo das estatísticas os abstencionistas que não compareceram às urnas; num sistema de representatividade viciado – mesmo perante a cruzada contra a abstenção cerca de 37 por cento dos “espanhóis” não votaram!
Resumindo, dos 34.623.652 espanhóis recenceados como eleitores, a “sólida” cabeça de governação de José Luís Rodriguez Zapatero é assim eleita por 6.106.080 dos votos que integram a “maioria bezerrática” (porque votam sempre nos mesmos dois partidos), apoiando-se mutuamente naquilo que os media corporativos, à falta de assunto para encobrir a fraude da não participação das populações, chamam de “reforço do bipartidarismo”.Curioso como os comentadores domésticos “de esquerda” acham que “Zapatero consegue uma grande vitória porque governou à esquerda” – isto quando a alternativa nacional espanhola de facto à esquerda (burguesa ou dita caviar), o Partido Izquierda Unida quase desaparece do mapa, conseguindo apenas eleger 2 deputados, os Partidos regionais com tradições de autonomia, a C.I.U. da Catalunya elege 11 deputados e o Esquerra 2 deputados (que representam a condenação da exploração fiscal colectada em Barcelona que ruma a Madrid sem que exista retorno em investimentos na região de origem) , e o centrista moderado Partido Basco EAJ-PNV consegue 6 deputados, depois de indevidamente ilegalizado o Batasuna, o Movimento de Libertação Nacional Basco, responsável pela grande abstenção que se verifica nesta região, pese a prática do assassinato politico encomendado como forma de angariar votos para o PSOE.
o inimigo público
Para quem não compreendeu de todo o processo de exclusão, que compre o Público onde se explica linearmente em editorial o resultado: "a vitória do PSOE e a subida do PP, é a vitória d"as duas Espanhas" de sempre. Os fantasmas da "Espanha eterna" também votaram nas eleições de ontem. Mau sinal" - nas ruminações do articulista existe uma zelosa e velada apetência para varrer cada vez maiores sectores da população da interferência nas peripécias mediáticas dos dois partidos únicos
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