Política
Escrevi assim...
 
 
                           A menina do cacho dourado                                            Walnize CarvalhoA menina é  loura. Tem um anel de cabelo no alto da cabeça: um cacho dourado.
Mora em uma casa grande, de janelas altas. Próxima à rua. Rua movimentada.
Suas tardes ( já que nas manhãs vai à escola) são passadas na janela, olhando os que passam na calçada.
Seu pai é alfaiate.
O ateliê fica no primeiro cômodo da casa, bem na face da rua.
Encostada à janela, encontra-se uma mesa alta. De alfaiataria. É nela, que a menina sobe para espiar a rua. E só o faz, quando o pai não está cortando tecidos, para a confecção de ternos de seus fregueses.
Sobre a mesa e pela janela alta ela vê o mundo: uma enorme vitrine. Nela perfilam pessoas, carros, animais... 
E sonha...Sonha correr livre pela calçada, atravessar ruas, ir à esquina comprar balas.Mas, qual? Só acompanhada dos pais ou da professora, que mora na mesma rua e costuma levá-la a escola.
A menina na janela faz projetos: usar óculos, um deles. Pensou até em pedir à mãe para ajudá-la nas tarefas domésticas descascando cebolas. Quem sabe, com olhos vermelhos e lacrimejados conseguiria tal feito? Recebeu um “Não”.
No outro dia, passou pela calçada uma moça de braço fraturado e engessado. Fechou os
olhos e sonhou...Sonhou ter subido na goiabeira da casa da avó, que mora no interior.Desequilibrou e...tbum! ganhou o chão e o “braço postiço”.Acordou e parece ter ouvido da mãe:”meninas comportadas não sobem em árvores!”... 
A menina segue em seu devaneio. Ela e a janela.
Agora observa as folhas, que caem das árvores. Embarca no vôo com elas e percorre calçadas, cidades, mundos!...
As pessoas passam. Acham graça do seu sorriso,seus trejeitos,seu canto.E exclamam:
-Olha, que garota bonitinha! Que bons modos! Ela tem um cacho dourado na cabeça!
A menina sorri. Desce da janela.
O caderno de matemática a espera no seu quarto. 
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 Walnize Carvalho (Crônica-poema)  9 e 15: Manhã ensolarada bicicletas moça varrendo: - uma buzina estridente, - uma anciã espantada. E eu, debruçada no portão, olhando o mundo lá fora... A menina espana a grade, espiando a rua. - Oi, bom dia!... 
  
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Crônica De Sábado
 foto: walnize carvalho  Casas e caras  Walnize Carvalho Naquela manhã ensolarada de primavera (como estão belas as manhãs desta primavera!) saí em direção ao centro da cidade. Embora assoberbada de compromissos, me dei o direito de transformar... 
  
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Sobre Alma E Janelas...
 Esse poema de Adélia Prado se chama janela. Eu na época de faculdade fiz um haikai com a palavra janela.Anda perdido em algum canto desse mundo.Janelas sempre me encantaram. Especialmente em noite de lua. Em noites frescas de maio, por onde entram... 
  
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Um Lugar Para A Poesia
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