Política
Ministro da Justiça e Polícia Federal desmontram mentiras da Rede Globo, Folha, Veja, Brasil247 sobre a politização da operação Porto Seguro.
Cardozo e PF desmontam mentiras da imprensa e esvaziam politização da Operação Porto Seguro
Em audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o superintendente da Polícia Federal, Roberto Trocon, falaram o que a gente já estava cansado de saber: que foi uma operação da PF como outra qualquer, atingindo funcionários que utilizaram-se dos seus cargos para cometer ilícitos. A audiência frustou a oposição e jornalistas que esperavam haver grampos com o presidente Lula ou outros políticos graúdos.
O ministro e o delegado desmontaram testes de hipóteses da TV Globo, Veja, Folha, Estadão, Brasil247, e de parlamentares da oposição em busca de ter o que fazer para aparecer nos holofotes.
Cardozo disse que "há anos a PF evoluiu de um status de polícia de governo para se tornar, de fato, uma polícia de Estado, sem qualquer interferência política".
O ministro disse que dentre os cinco indiciados pela PF por formação de quadrilha, ninguém trabalha na Presidência da República. “Portanto, não se pode dizer que há uma quadrilha de crime organizado no seio da Presidência da República”, disse Cardoso, em resposta à provocação do deputado do DEMos, Efraim Filho (PB). Lembrou também que a presidente Dilma determinou as exonerações dos envolvidos e uma reanálise de todos os pareceres emitidos pelos órgãos suspeitos de terem participado do esquema.
Já o superintendente da PF disse que a decisão de não interceptar as ligações telefônicas e e-mails de Rosemary de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República na capital paulista, foi tomada pelo fato de que ela não tinha interferência no objeto principal de investigação: o esquema de venda de pareceres de órgãos públicos em benefício de empresas.
"O primeiro passo foi investigar a veracidade da notícia-crime apresentada pelo ex-auditor do Tribunal de Contas da União“, afirmou Troncon. Cyonil Borges denunciou ter recebido uma oferta de R$ 300 mil para emitir parecer técnico do TCU favorável à empresa Tecondi, que arrenda uma área da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) no porto de Santos desde 1998. O TCU acusava a empresa de fraudar licitações.
“Uma vez comprovada essa notícia-crime e com autorização judicial, passou-se a investigar os fatos. Durante a investigação, apesar de a senhora Rosemary aparecer em interceptações telefônicas, essas ligações remetiam a outras condutas ilícitas e não ao objeto investigado”, explicou Troncon, acrescentando que nenhuma das conversas foi apagada e todas serão encaminhadas à Justiça.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que responde à Ação Penal 640 no STF, indagou sobre um hoax (boato), que ele ajudou a espalhar na internet, acusando a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, de ter viajado a Portugal com uma "mala diplomática" contendo a mirabolante quantia de 25 milhões de euros. Garotinho questionou a PF por não ter quebrado o sigilo telefônico dela antes. Troncon, afirmou que o órgão desconhecia a informação: “Diante dessa informação, que para nós é nova, vamos movimentar nosso adido em Lisboa para buscar mais informações”, disse o delegado.
Para o ministro da Justiça, a decisão de investigar Rosemery com fins judiciais não pode se basear em trechos de e-mails que foram pinçados pela imprensa de um inquérito de quase 11 mil páginas. ”Ela tinha, sim, uma atuação, facilitava contatos e obteve favores por conta disso, mas não tinha poder para interferir no que estava sendo investigado”, afirmou Cardozo.
Ele disse ainda que apesar de não ser indiciada por formação de quadrilha, Rosemery foi indiciada por outros crimes, como falsidade ideológica, em razão de ter atuado para conseguir diploma falso para o marido assumir cargo no Banco do Brasil.
Extraído do blog os Amigos do Presidente Lula
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