Não devemos chamá-los “o 1% dos ricos”, mas sim “os criadores de empregos” (Paul Krugman, ironicamente)
Política

Não devemos chamá-los “o 1% dos ricos”, mas sim “os criadores de empregos” (Paul Krugman, ironicamente)


Krugman escreve um artigo onde afirma que o economista francês autor da coqueluche “O Capital do Século XXIestá a causar pânico na Direita. O que é isso de “direita ou esquerda” nos dias que correm? A burguesia e o regime de propriedade privada dos donos e decisores dos factores de produção?

Manuel Maria Carrilho, PS
Não sabemos. Nem Thomas Piketty o vem dizer, nem sequer é original em nenhuma das "descobertas" que faz, nada que já não esteja nos pressupostos do Marxismo, cuja lei fundamental é a da “queda tendencial da taxa de lucro” no capitalismo. Piketty coloca o cerne da sua obra no facto dos rendimentos sobre o capital e património acumulado já existente e imobilizado… crescerem sempre muito mais que os rendimentos obtidos com o processo de acumulação no actual modelo capitalista. Esta é a principal razão da criação da desigualdade social. Marx já o disse há 160 anos: o “capital constante” cresce mais rápido que o “capital variável”. O crescimento dessa proporção que Marx denomina “composição orgânica do capital” é o corolário lógico da acumulação de capital, deduzindo que a origem da desigualdade é a deste modo de acumulação não assentar na plena utilização do capital nos factores de produção, mas sim no crescimento inflacionário pela criação de crédito (dinheiro), isto é, de capital como forma de acumular mais capital, sem um pingo de sustentação na economia real – mas esta ficção manifesta-se de forma virtual em depósitos bancários. Como distorce esta questão, Krugman, que é um liberal, apressa-se a elogiar Piketty, mas não é o liberalismo (cuja evolução no ciclo longo derivou como é sabido para o neoliberalismo) que vai resolver o problema da “economia em liberdade” sem que esta seja planificada e consiga erradicar o regime de propriedade privada que privilegia exponencialmente os ricos. Piketty fez uma pesquisa histórica intensiva, mas não passa do diagnóstico, propondo mais impostos sobre o património dos ricos, metendo no mesmo saco Trabalho e Capital, mas há património adquirido com trabalho e não com o rentismo financeiro. Ao contrário, Marx estudou a natureza do Capital e da propriedade privada e apontou soluções politicas.

“A grande ideia do "Capital no século XXI" é a de não apenas estarmos de volta aos níveis de desigualdade de renda do século XIX, como também estamos num caminho de volta para o "capitalismo patrimonial", em que os altos comandos da economia são controlados não por indivíduos talentosos, mas por dinastias familiares” (Krugman)

E o capitalismo alguma vez deixou de tratar em primeiro lugar do capital acumulado como interesse priritário?. Esqueça-se as 700 páginas do “Capital do Século XXI” de Thomas Piketty e coloque-se as questões por forma a que todo o mundo possa comprendê-las; começando, por exemplo, por cinco coisas que nunca são ditas sobre "Economia":
1. as decisões económicas devem ser tomadas por bom senso  em 95% dos casos
2. a Economia não é uma ciência
3. a Economia deriva de decisões politicas
4. Nunca confiar num economista que se afirma simplesmente economista
5. a Economia é demasiado importante para ser deixada na mão de tecnocratas “especializados”
Visto na Livraria Bertrand, o livro "Endurecendo o Bronze, Arte Antiga, Visão Moderna", editado pela Fundação Getty com 272 páginas custa 33,00 euros. O "Capital no Século XXI" que tem 700 páginas custa 24,00 euros. Os anos de investigação e a publicação deste último foram patrocinados pela Fundação George Soros. Como grande especulador, Soros é conhecido por arruinar economias e depois vir armar-se em mecenas para disfarçar



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