Política
o arrastão Carrilho, parte II
"O estertor da politica tem sido, nestes últimos anos, a outra face do triunfo de um mercantilismo cego, que faz da cidadania uma simples pose, um sucedâneo do consumismo" MMC
Sobre o caso do Dinis Maria, o filho de
Manuel Maria Carrilho, trazido para a ribalta por via das manipulações e contra-manipulações mediáticas de que vive o espectáculo politiqueiro neo-liberal,,, já quase tudo foi dito, redito e escrevinhado,
sem que todavia o essencial ficasse esclarecido. É o costume.
Um dia destes, um intelectual não muito dado a este tipo de espectáculo degradante, em que se transformou a Politica, Augusto M. Seabra, foi condenado em tribunal por ter usado o termo “energúmeno” quando referiu Rui Rio, o presidente da Câmara do Porto, isto em 2003, sem que o seu nome tivesse sido citado, mas apenas o “energúmeno (alguém movido por uma obscessão que gera desacatos políticos e institucionais) que na altura, no exercício do primeiro mandato, “liderava a coligação que geria os destinos da autarquia. O tempo haveria de dar razão a Seabra, por via de factos ocorridos em finais de 2005, na mesma altura em que ocorreu a campanha de diabolização de Carrilho para a Câmara de Lisboa. Acontece que
a Sic-Noticias também fez um debate similar sobre a cidade do Porto. Só que,,, vá-se lá saber porquê (eheheh), ao contrário do debate de Carrilho em Lisboa, nos estúdios do Porto
não havia câmara televisiva suplementar para filmar os bastidores no final do debate – pelo que fomos
privados de ouvir a reacção colérica e os gritos de Rui Rio que, furibundo, ameaçou ir queixar-se a Pinto Balsemão por causa de terem sido escolhidos para comentar o debate dois jornalistas de que o Presidente da Câmara do Porto não gosta. E como não havia câmaras suplementares, também fomos privados de assistir à
performance circense do chefe de gabinete de Rui Rio, que se entreteve, por detrás das câmaras que estavam a assegurar a emissão, a
perturbar constantemente a prestação em directo dos comentadores convidados. No livro “
Sob o Signo da Verdade”, Carrilho desfere um ataque directo aos jornalistas, que trabalham hoje em maior quantidade nas
Agências de Comunicação, (apoiadas em paralelo por
escritórios de Advogados e
Bancos de Investimentos), do que em órgãos de “Informação”, acusando-os de comportamentos promíscuos e cúmplices, apoiando ora uns, ora outros, conforme as lógicas comerciais clientelares do sistema. Era sobre este tema que deveria versar o programa Prós&Prós na RTP. Mas não foi dada a palavra a ninguém independente, apenas às duas facções dos dois partidos únicos do Bloco Central, que se acusaram mutuamente. Pacheco Pereira, na óptica dos seus próprios conceitos, “de sempre a mesma fauna de comentadores que têm sinais comuns onde se reconhecem uns aos outros”, queria provas da “
conspiração de interesses” em que se fundaram as acusações de Carrilho e daí não saiu.Muito fraquinho.Branqueada a eleição da Câmara de Lisboa, o sistema de corrupção continua a funcionar em pleno, como se viu na negociata dos terrenos da Feira Popular com a Bragaparques que se manteve, na tentativa de compra do vereador Sá Fernandes, no escândalo do Vale de Santo António – enfim na massificação da densidade de construção em Lisboa à revelia do PDM. Provas?,,, devem estar a brincar com a gente.
Depois de tudo isto, das tricas e das omissões, para a posteridade fica a acusação de Carrilho, de dedo em riste para o director de programação da SIC-Noticias Ricardo Costa - “
Você é a face da vergonha do jornalismo português”. É verdade. Ou não fosse o fulano um dos altos-responsáveis do grupo Impresa de Francisco Pinto Balsemão, a eminência parda que entendeu,
vá-se lá saber porquê?, poder subverter a poltica em Portugal através de capas do jornal Expresso e da sua cadeia de televisão.
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*
Informação Controlada
Sete em cada dez das notícias publicadas nos diários portugueses
têm origem em agências de informação e assessorias de imprensa.
* nos Estados Unidos a situação não é melhor:
Relatório The State of the News Media 2006 admite que cidadãos da super-potência estão cada vez mais desinformados.
* concluindo: a nossas sociedades seriam democráticas e o sistema eleitoral seria legitimo se todos os cidadãos tivessem disponivel informação verdadeira num leque da maior diversidade de opiniões. Não é isso que acontece.
A nossa sociedade (construida por delegação nos cipaios locais do Império) "é uma sociedade de Comunicação sem réplica assegurada.
As tiranias começam assim",
José Medeiros Ferreira, (DN 16/5)
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