O declínio da UE e de Portugal no mundo actual
Política

O declínio da UE e de Portugal no mundo actual


O FMI acabou de divulgar as "Perspectivas da Economia Mundial: Reequilibrar o crescimento", onde apresenta

previsões até 2015
. Apesar da fragilidade dessas previsões elas revelam uma tendência clara de declínio da UE e de Portugal. Segundo o FMI, no período 1992-2001, a taxa anual de crescimento económico na Zona Euro foi de 2,1% e, em Portugal, de 2,9%. Mas a partir de 2001, certamente como consequência dos Pactos de Estabilidade, preocupados apenas com a redução do défice orçamental, a quebra no crescimento económico foi acentuada. Entre 2002 e 2009, a média das taxas anuais de crescimento na Zona do Euro baixou para 1%, e em Portugal para apenas 0,4%. As previsões do FMI para o período 2010 -2015 revelam que o declínio vai continuar, já que a média das taxas anuais de crescimento neste período será apenas 1,4% na Zona do Euro e de 0,8% em Portugal (quase metade). Se compararmos as taxas de crescimento económico previstas pelo FMI para o período 2010-2015 para a Zona do Euro (1,4%/ano) e para Portugal (0,8%/ano), com as previstas também pelo FMI para as "Economias Avançadas" (2,3%/ano) e para os EUA (2,7%/ano), conclui-se que os desequilíbrios mundiais vão-se acentuar. E isto porque as taxas de crescimento económico das "Economias avançadas" e dos EUA são quase o dobro das previstas para a Zona do Euro, e o triplo das previstas para Portugal. E isto já para não referir a China com taxas anuais de crescimento que se situam entre os 9% e os 10%. O declínio da U.E. e, com ela, de Portugal é evidente no mundo actual e vai continuar a um ritmo acelerado se persistir na mesma politica. (Eugénio Rosa, no Resistir)

pela 1ª vez na História a Europa não está no centro do mundo

Tal como aconteceu na bolha financeira asiática ao tecido produtivo do Japão em 1994, desta vez trata-se de ser a Europa a pagar a crise global. Portugal, tal como outra qualquer nação dependente de patrões, crédito, investimento e clientes, está equiparado a uma qualquer empresa multinacional cotada em Bolsa (que precisa de aumentar as vendas); Como na óptica neoliberal funciona mal (custos exagerados de gestão, taxas fiscais caninas aplicadas sobre o consumo e valores irrisórios para taxar sobre a produção) a empresa cada vez mais se desvaloriza. A crítica económica para resolver a crise não deve por isso ser dirigida aos poderes instituidos que sempre tiveram a liderança do processo. Para a saída da crise, na óptica dos trabalhadores, só será válida e eficaz a crítica à essência do capitalismo
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