o nosso querido amigo Bibi
Política

o nosso querido amigo Bibi


A propósito da visita de Biden ao Médio Oriente relacionou-se aqui a filosofia do “destino manifesto” do imperialismo norte americano e o expansionismo do Estado racista de Israel – “estamos num momento de real oportunidade em que os interesses dos povos israelita e palestiniano têm mais afinidades que oposições” – foi a mentirola do discurso oficial de ocasião. De facto o que levou Biden a Telavive foi a concertação do cerco em marcha e do subsquente ataque ao Irão, o único regime no Médio Oriente que não é tributário do Ocidente na exploração petrolifera. A “ameaça nuclear” é um pretexto fantasma, assim como o foram as famosas “armas de destruição macissa” de Saddam.
Diz-se que foi a primeira visita de um mais alto responsável dos EUA da Era Obama a Israel. Claro que Obama não conta, de facto Biden é tudo menos um estreante nestas andanças; Como um dos mais antigos membros do CFR ele esteve já presente em Israel quando era um jovem senador com 29 anos e participou em meetings com a então 1ª Ministra Golda Meier e Yitzhak Rabin que se lhe seguiria no cargo. Chefiava “a missão de paz” norte americana dessa época o secretário de Estado judeu Henry Kissinger. Aliás agora por judeus, nunca é por demais lembrá-lo, embora Joe Biden passe por cristão evengélico da linha de São Pentágono, ele reclama ser descendente de um bisavô judeu iraquiano e foi nessa qualidade que reclamou ter direito a votar nas “eleições” pós invasão no Iraque em 2005. (e votou mesmo).

Foi nesta qualidade que Biden à chegada se dirigiu ao presidente Peres e ao actual 1º ministro de extrema direita Netanyahu, como “estou diante de nossos verdadeiros amigos, falando por mim pessoalmente por mais de três décadas, quando Israel conquistou o meu coração” (traduzido do discurso tornado público pela Embaixada norte americana em Telavive) “podes acreditar que foi assim há tanto tempo? estás a ficar velho Bibi” continuou o vice-presidente dos EUA dirigindo-se pelo nick-name a Benjamin Netanyahu na sua residência oficial. (fontes aqui e aqui). Pode-se acreditar que este grau de intimidade e subserviência perante um governo de fanáticos explica alguma dissidência sobre construções ilegais em territórios ocupados por décadas? nem pensar, a história é outra. Shimon Peres apelou para a expulsão do Irão da Assembleia das Nações Unidas (“a country "that calls for acts of terror" and "hangs people in the streets" cannot be a full member”) e insurgiu-se contra aquilo que chamou de apenas “sanções morais” contra aquele país. Biden respondeu assegurando que “os EUA estão determinados a todo o custo a impedir que o Irão venha a adquirir armas nucleares”. A partir deste ponto sucede-se uma grande azáfama de acções de contra-informação.

A secretária Clinton faz uma espécie de “ultimato” sobre o perigo que correm as relações bilaterais Israel/EUA, Netanyahu finge que tem medo e aceita suspender durante 2 ou 3 meses a construção de colonatos e Washington envia o secretário do ataque Robert Gates à Arábia Saudita prestar informações sobre o que se irá passar, enquanto Joe Biden derivou para a Jordânia para acalmar a dinastia hachemita do Rei Abdullah. Grandes manobras. Dos planos sobre o que se vai seguir é que ninguém sabe nada – excepto mais um dos actos de terrorismo verbal do presidente da seita israelita. Citando (do jornal I de hoje, pag 10, sem link) Shimon Peres: Ahmadinejad é um ditador. Tem a ambição de criar um império, tem uma organização terrorista e ameaça destruir Israel” (…) Obama tem um problema com a sua consciência (…) Ahmadinejad quer estabelecer a hegemonia Persa no Médio Oriente" (…) tão longe e tão perto… “a Faixa de Gaza está debaixo de domínio Iraniano!" - é isto um homem... de Estado?

* leitura recomendada: o artigo de James Petras "Iran War: American Military Versus Israel Firsters"

o lugar do Irão na geo-estratégia do Médio Oriente
(video do canal Telesur)


a América do Sul dispõe hoje em dia de canais de informação verdadeiramente mais livres que nós aqui na Europa. Não é lamentável que o velho continente, de onde em tempos partiu a ideia de iluminar o mundo, esteja hoje de novo submerso em trevas? que estranhos caminhos percorreu a teórica bondade iluminista para descambar nos crimes praticados pela máquina civilizacional imperialista? de facto o paradigma converteu-se numa nova cruzada religiosa
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