Política
o Povo da Islândia recusou transferir a grande fraude bancária privada para as contas públicas do Estado
Baseado no
Artigo 7 da “Directriz da Área Económica Europeia”, que determina não haver qualquer obrigação por parte de um Estado e suas autoridades em “assegurarem a compensação se um
esquema de garantia de depósitos é incapaz de cumprir as suas obrigações na eventualidade de uma crise sistémica”, o
Tribunal da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) deliberou, na última segunda-feira,
ser improcedente a queixa apresentada pelos governos da Grã-Bretanha e da Holanda
contra a Islândia por este país ter, alegadamente, violado leis internacionais ao não atender à reclamação de cerca de 340 mil depositantes de contas em dinheiro ficticio de britânicos e holandeses do Icesave,
uma delegação online do banco privado islandês Landsbanki, decretado falido em 2008.
Ainda assim, cerca de 3.421 milhões de euros investidos por especuladores da Grã-Bretanha e da Holanda em acções hoje consideradas tóxicas (cobertas por seguros de risco) foram “reembolsados” aos ingleses e holandeses, consequência do accionar de garantias de depósitos que existiam como se fossem normais, através do banco Landsbanki. Recorde-se que, aquando da chamada crise do “sub-prime”, dezenas de bancos, a nível mundial, foram à falência exactamente pelas mesmas práticas,
originando no seio da própria burguesia divisões quanto ao caminho a seguir face ao “colapso” do sistema financeiro e bancário capitalista a nível mundial.
De um lado, os fervorosos adeptos da “
Escola de Chicago” e do “
Compromisso de Washington” submissos cães de guarda do imperialismo (...) Do outro lado,
uma corrente minoritária, representando os interesses de uma camada das burguesias nacionais, democráticas e patrióticas, que se opõem, como aconteceu na Islândia, e tinha sucedido e está a suceder noutros países da periferia europeia e
do 3º mundo a
aplicar uma “receita” que implica uma transferência massiva de recursos e empresas públicas para o capital financeiro e bancário, sob a “justificação” de que, tendo os povos estado a “
viver acima das suas possibilidades” teriam de ser
sacrificados no altar das “dívidas soberanas”, à custa de um inaudito empobrecimento, à custa da pilhagem generalizada e de se tornarem protectorados ou colónias, mormente da potência imperialista alemã e da sua fuhrer Angela Merkel, à custa da
depreciação dramática do seu acesso à saúde, à educação e às chamadas “prestações sociais”.(compilado e comentado a partir do Luta Popular)
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