PIB ANTONIO DELFIM NETO
Política

PIB ANTONIO DELFIM NETO


FOLHA DE SÃO PAULO - 08/06/11
Para um entendimento mais adequado do comportamento do PIB nos últimos três anos, talvez seja melhor trabalhar com o seu nível em lugar da sua taxa de crescimento.
Por definição, o PIB é o valor adicionado de todos os bens e serviços produzidos numa certa unidade de tempo.
Para eliminar as variações dos preços, o IBGE construiu estimativas do PIB "físico" escolhendo os preços do ano-base 1995 e com eles calculou o valor do PIB de cada ano.
É evidente que, se medirmos todos os PIBs anuais (ou trimestrais) aos preços vigentes num determinado ano (chamado de "base") teremos uma série que será uma razoável aproximação do PIB "físico", a despeito da enorme variedade de seus produtos.
Pode-se, assim, estimar a taxa de crescimento do PIB comparando-o com o PIB "base". Pois bem, medido aos preços médios vigentes em 1995, o PIB do primeiro trimestre de 2010 foi de R$ 264,6 bilhões e o de 2011, de R$ 275,6 bilhões.
Logo, a estimativa do crescimento real ("físico") entre o primeiro trimestre de 2011 em relação a 2010 pode ser encontrada dividindo R$ 275,6 bilhões por R$ 264,6 bilhões: 4,2%, como indicou o IBGE.
Qual o significado desse dado? Grosseiramente, podemos considerá-lo como a demanda total (privada e pública) atendida pela estrutura produtiva interna somada às importações que a complementam.
Esse entendimento é fundamental para não se deixar enganar pelo truque estatístico que identifica, por exemplo, o alta de 9,3% do primeiro trimestre de 2010 sobre o seu homólogo de 2009, como "excessiva demanda global com relação ao produto potencial".
O PIB "físico" atingiu o índice mais alto da série (150,3 em relação à base 100 de 1995) no terceiro trimestre de 2008, quando a taxa de inflação era de quase 4,5%.
A explosão da crise do Lehman Brothers nos atingiu fortemente. No primeiro trimestre de 2009, o PIB físico desabou, com ajuste sazonal, para 141,3, uma queda de 6%! Na média, o PIB de 2009 caiu 0,6% em relação a 2008. Ele só voltou ao nível anterior de 151,2 no quarto trimestre de 2009, com a "criação" da demanda induzida pelos programas de estímulos do governo.
O crescimento do PIB de 9,3% no primeiro trimestre de 2010, de 9,2% no segundo, de 8,4% no terceiro e de 7,5% no quarto semestre são só reflexos da recuperação da demanda sobre uma estrutura produtiva relativamente estável. O aumento do PIB nunca foi superior a 5% nos últimos anos.
O número do IBGE, de 4,2% para o primeiro trimestre de 2011/2010, revela um ajustamento para baixo que provavelmente vai continuar: a taxa de aumento do consumo está diminuindo e a taxa de investimento recuperou o nível de 18,4% do PIB (com um deficit em conta-corrente de 2,6%).



loading...

- Vergonha
Mais triste do que ter cerceado seu direito de ir e vir, inclusive o de trabalhar, é ler e constatar que existem pessoas que conheço que defendem este tipo de manifestação inconsequente como o de hoje na BR-101. Ainda bem que são poucas, muito poucas....

- Rede Globo Comemora Hoje Os Presos Políticos Da Mesma Forma Como Fazia Apologia à Ditadura Militar.
Os mesmos que hoje estão comemorando a prisão de Um vídeo de 1975 mostra como era feito o elogio da ditadura militar pela Globo  ...

- Parece Que Foi Ontem Jose Márcio Camargo
O Estado de S. Paulo - 15/02/2012 Após forte crescimento em 2010, a produção industrial estagnou em 2011, e o nível de produção da indústria brasileira permanece abaixo do atingido em 2007. Com a estagnação da indústria, o PIB da economia...

- Mistificação : Antonio Delfim Netto
Folha de S. Paulo - 22/04/2009     A TAXA DE "inflação mínima" de um país é uma espécie de radiador que dissipa o calor (os aumentos de custo) produzido...

- Uma Economia Movida Pelo Consumo O Estado De S. Paulo Editorial,
O crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano, em relação ao segundo, foi incontestavelmente excelente, considerando que o do primeiro trimestre fora de 1,7% e o do segundo, 1,6%. Será...



Política








.