Pré-sal e o entreguismo de Marina
Política

Pré-sal e o entreguismo de Marina


 
Editorial do site Vermelho:

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, emitiu claros sinais de que, se eleita, vai relegar a exploração do pré-sal a segundo plano. Além de ter declarado que se trata de uma “aposta errada” do governo da presidenta Dilma, o programa eleitoral apresentado, um eclético enunciado de pontos em que a legenda pela qual concorre se rende às formulações retrógradas da Rede, dedicou ao pré-sal apenas uma linha das suas 242 páginas.

Diante da repercussão negativa e principalmente com as reações que despertou nas hostes do Partido Socialista, entre patriotas que se inquietam com a força das concepções e compromissos entreguistas da candidata, ela tentou, em entrevista ao Jornal da Globo na segunda-feira (1º) minimizar o impacto das suas formulações. Tem sido esta a postura da candidata. Diz e desdiz com ligeireza, em mais uma demonstração de despreparo para exercer a Presidência da República. Sem postura de estadista, atua ao sabor de pressões e conveniências.

O abandono da prioridade à exploração do pré-sal é mais uma posição em que a candidata dos banqueiros defende interesses antinacionais e de que está disposta a levar adiante, se for eleita, um projeto político e econômico que contraria a estratégia de desenvolvimento nacional.

Em flagrante contraste com essa posição, a presidenta Dilma tem afirmado que o pré-sal é um dos maiores patrimônios do povo brasileiro. Rebatendo diretamente a desatinada proposta da candidata do PSB, Dilma foi taxativa: “Ser contra o pré-sal é ser contra o futuro do Brasil”.

Graças às iniciativas dos governos de Lula e Dilma, o petróleo existente sob a camada do pré-sal começou a ser explorado, em benefício do povo brasileiro.

Em 2013, foi realizado o primeiro leilão do pré-sal, no campo de Libra, com volume de petróleo recuperável estimado entre 8 e 12 bilhões de barris. Em 2014, foi autorizada a contratação direta da Petrobras para a exploração dos campos de Búzios, entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, com volume de petróleo recuperável estimado entre 10 a 15 bilhões de barris. Somente nesses campos e em Libra estima-se haver um volume de petróleo equivalente a 1,5 vezes as reservas provadas no país até 2013. Este ano, com mais quatro campos do pré-sal explorados pela Petrobras, serão gerados pelo menos 26 bilhões de barris de petróleo, transformando o Brasil num dos maiores produtores do mundo.

A média de produção de petróleo cresceu 50% entre 2002 e 2013. Em 2014, a produção da Petrobras oriunda de petróleo do pré-sal chegou a mais de 500 mil barris/dia. O país levou 31 anos para produzir os primeiros 500 mil barris e agora, em apenas três anos, produziu 500 mil barris de petróleo oriundos do pré-sal.

O compromisso com o desenvolvimento nacional está patente não apenas com a exploração petrolífera em si mesma, mas também com a determinação de que 60% dos serviços e equipamentos usados na exploração do pré-sal sejam brasileiros, garantindo a geração de empregos e dinamizando o conjunto da economia. O número de plataformas de produção de petróleo em operação passou de 36 para 82 entre 2002 e 2014. Atualmente, 28 sondas para exploração do pré-sal estão contratadas para construção em estaleiros brasileiros. A infraestrutura de gasodutos cresceu de 5.417 km de extensão para 9.489 km, entre 2002 e 2014. Foram também retomados os investimentos em novas plantas de refino com a construção de importantes refinarias.

Igualmente, a exploração do pré-sal tem extraordinário impacto social. Por meio de projeto de lei de iniciativa do governo, decidiu-se que a saúde e a educação serão diretamente beneficiadas com a exploração do pré-sal, recebendo investimentos da ordem de R$ 1,3 trilhão, provenientes dessa atividade econômica.

A discussão que se estabeleceu na presente campanha eleitoral sobre a exploração do pré-sal, que opõe de um lado as concepções patrióticas da coalizão liderada pela presidenta Dilma e, de outro, o entreguismo das forças alinhadas com a candidatura de Marina Silva, reflete um debate antigo e de fundo no Brasil, sobre o desenvolvimento nacional – entrelaçado com a questão democrática e a questão social.

Nos documentos do seu 13º Congresso nacional, realizado em novembro do ano passado, o Partido Comunista do Brasil assinalou a importância da produção energética para o êxito de uma estratégia desenvolvimentista e saudou os avanços alcançados pela nação com a descoberta do pré-sal e o início da exploração de sua imensa riqueza. Os comunistas destacaram o papel do Estado em sua tríplice função de produtor de energia, indutor do crescimento energético e regulador. E assinalaram a importância de articular o uso de fontes diversificadas, com o emprego das fontes disponíveis e das chamadas fontes alternativas.

Nesta questão nevrálgica para o desenvolvimento nacional, o Brasil já fez a sua escolha, a ser confirmada na eleição de 5 de outubro. As concepções retrógradas e antinacionais de Marina Silva serão rechaçadas.



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