Relato de um sobrevivente
Política

Relato de um sobrevivente


Na quarta-feira dia 11 de agosto fui levado as pressas para a emergência do Hospital de
Santana, sentia muitas dores em uma espécie de cisto que havia se desenvolvido em minhas costas. Lá chegando o atendimento foi o mais "adequado" que se possa imaginar, o recepcionista exigia de minha mãe, que me acompanhava, que me levasse até o balcão para que ele pudesse me avaliar, no entanto, eu estava jogado em uma maca no corredor quase a desfalecer de dor. Superada esta fase, fui levado para sala de emergência onde tive que aguardar ainda por pelo menos uma hora, até que o "senhor DOUTOR" veio me atender, sem nem ao menos me olhar nos olhos ou tocar em meu corpo, e com aquele humor que é característico dos médicos pagos pelo dinheiro público, em hospital público, e não em seus lindos e ricos consultórios, fui atendido, depois de medicado fui mandado para casa, onde passei uma noite tranquila ao lado de minha namorada.
No dia seguinte, 12 de agosto passei mal novamente, as dores eram muito fortes, e novamente fui conduzido ao Hospital de Santana, se eu achava que o INFERNO não existia a partir deste dia minha opinião mudou radicalmente, ao ser conduzido para sala de emergência, não havia médico, não havia enfermeiro, não havia ninguém, depois de algum tempo, bastante para ser mais exato, o "senhor DOUTOR" apareceu e resolveu me internar, ou deveria dizer me infernar. Naquele momento as portas do Reino do mal estavam abertas para que eu passasse a viver a experiência que passo a relatar aos senhores.
Fui conduzido para o leito na enfermaria, aliás, aquilo que deveria ser um leito, pois não havia nem ao menos um colchão, como as dores eram muito fortes, e já fazia mais de uma hora que estava no hospital a agonizar de dor, comecei desesperadamente a gritar deitado na maca, pois não conseguia ficar de pé, gritos ao mesmo tempo de protesto e súplica por medicamento. Nesse meio tempo todo o hospital foi mobilizado e rapidamente a administradora do mesmo apareceu e mandou que me reconduzissem para a emergência, onde novamente fui medicado, lá ficando até que melhorasse um pouco. Passadas algumas horas, fui novamente levado para a enfermaria, onde fiquei durante três dias até o sábado. Nesse período, coisas interessantes aconteceram como por exemplo o fato de colocarem todos os pacientes para o corredor afim de que a enfermaria fosse lavada, "mas que preocupação com a saúde dos pacientes".
No dia 14 de agosto fui conduzido de ambulância para o Hospital de Emergência de Macapá, se as coisas estavam ruins ainda iriam ficar muito piores, a começar da ambulância, carro que provavelmente nem ferro-velho aceite, para piorar o motorista da mesma, mesmo com toda minha agonia resolve dar uma "passadinha" na casa de não sei lá quem nas Pedrinhas antes de ir para o hospital, fora o Sol inclemente batendo em minha cara. Ao chegar no Hospital de Emergência, mais um problema habitual, cadê a maca, sinceramente meus amigos preciso dar uma pausa pois a partir daqui o sofrimento só iria piorar cada vez mais.

Até a próxima...



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