Romário critica Campos, bate forte em Cabral e se lança candidato ao Senado
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Romário critica Campos, bate forte em Cabral e se lança candidato ao Senado





O jornal "O Globo" de hoje traz uma pequena entrevista com o craque e deputado federal Romário, que está se saída do PSB. Ele não afirma para qual partido vai, mas bate forte no governadores Sérgio Cabral e Eduardo Campos e coloca seu nome como alternativa para o Senado Federal. 
Acho que Romário vem desempenhando um importante papel como deputado. Confesso que me surpreendi. Mas se o Baixinho optar mesmo pelo PR, do deputado-prefeito, vai ser um belo gol contra. No estilo do Daniel Alves ontem. 
Lembremos que na primeira campanha da prefeita-cantora, ele esteve por aqui pedindo votos para ela.

Confira abaixo a entrevista:

Você está decidido a ir mesmo para o PR, do deputado estadual Anthony Garotinho?
Conversei com o PR, com o partido do Paulinho da Força (PDT), com o PP do Ciro Nogueira e do Esperidião Amin. Mas com nenhuma dessas pessoas que eu conversei eu decidi para onde ir. Tenho mais uns 40 dias para pensar. Estou vendo o que será melhor para o meu mandato. Aquele partido que se identificar comigo, com as minhas bandeiras e com as minhas lutas contra os gastos da Copa do Mundo, com as minhas bandeira a favor das pessoas com deficiência... Tenho feito um mandato bastante combativo. Não adianta ir para um partido que não vá deixar eu fazer o que eu tenho feito. A partir do momento que os partidos acharem que eu tenho de fazer o que venho fazendo, será essa a legenda que eu vou escolher. Hoje sou deputado federal. Minha cabeça está em ser deputado federal (novamente). Mas esse partido terá de me deixar a possibilidade de disputar (a eleição) para senador.
Então, você quer ir para um novo partido com a possibilidade de disputar o Senado?
Isso.
Por que o Senado?
Vejo o Senado por ter um número menor (de parlamentares) em relação à Câmara. São 81 senadores e 513 deputados. No Senado, as minhas bandeiras, as minhas lutas, as minhas falas terão um pouco mais de repercussão do que têm hoje como deputado.
Mas para o Senado, nas eleições de 2014, será apenas uma vaga para o Rio de Janeiro. Não seria uma disputa mais difícil?
Acho que é uma possibilidade (disputar o Senado). Mas vou repetir para você: meu sentimento é ficar mais uns anos como deputado federal.
No acordo com o novo partido, a disputa para a prefeitura do Rio em 2016 está no pacote?
Eu gostaria muito. Mas, por exemplo: e se eu decidir disputar o Senado e ganhar? Não pretendo ficar apenas dois anos no Senado e ir para a prefeitura, entendeu? Claro que, se eu disputar (a eleição) para deputado, ficaria dois anos e disputaria a prefeitura. Se não ganhasse, voltaria a ser deputado. Estou falando isso hoje. Na política, você sabe como são as coisas. A cabeça de todo mundo muda no decorrer das coisas. Vai depender do momento político. Se eu disputar para deputado (em 2014), há chances de concorrer para prefeito (em 2016). Se eu disputar o Senado e ganhar, será muito difícil concorrer a prefeito.
O PSB não te deu essa carta branca?
Eu saí do PSB porque não tinha diálogo com o presidente nacional (Eduardo Campos, governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência em 2014). Tentei falar com ele durante um ano e meio pelo telefone e nunca me atendeu. No ano passado, nas eleições (municipais), disse que seria um bom momento de o PSB lançar um candidato a prefeito, que seria eu. Não houve até hoje uma resposta.
Como você avalia essa briga política entre PT e PMDB no Rio, com o senador Lindbergh Farias e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, para a disputa ao governo estadual? O governo Sergio Cabral passa por uma crise...
Essa crise que o governo está passando foi o próprio governo que se meteu. Não me lembro na história do Rio de o estado ter recebido tantos recursos do governo federal nos últimos anos e feito tão pouco. A Saúde e a Educação estão ruins. A Segurança deu uma melhorada, mas já está voltando a ser aquela baderna que está acostumada a ser. A acessibilidade para as pessoas com deficiência é zero. Ou seja: um governo que teve tudo na mão desde a época do (ex-presidente) Lula e agora da presidente Dilma. Não conseguiu se estabelecer. Está na hora de mudar. Hoje, principalmente depois dessas manifestações, o Brasil mudou. Os jovens que foram para as ruas mostraram que querem uma política nova, diferente, e, principalmente, não corrupta e séria. Coisa que, infelizmente, não está acontecendo em nosso estado.

Atualização: O primeiro blog da região a reproduzir esta notícia foi o "Blog do Bastos", situado no site da Folha da Manhã, comandado pelo jornalista alvinegro Alexandre Bastos.




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