Sarkozy nous Voilá ! - o direito à revolta
Política

Sarkozy nous Voilá ! - o direito à revolta


"Serei um presidente como Louis de Funès no "Grande Restaurante": servil perante os poderosos, implacável frente aos empecilhos"

Logo após o 1º acto da peça eleitoral, segue-se, não menos importante, o 2º acto: o candidato-"eleito" parte de férias mediterrânicas convidado pelo entrepeneur Vincent Bolloré (proprietário do grupo Havas) a bordo do luxuoso iate"La Paloma" (quase 200 mil euros por semana de aluguer, quando solicitado) enquanto a França mergulha numa onda de contestação e repressão sem precedentes.

E então?, será esta a França que a maioria dos franceses quer? - como diz o próprio cartaz propagandistico de Sarkozy: uma França em que todos trabalhem em conjunto: sem os Pobres, sem estrangeiros, sem esquerda, sem extrema esquerda, sem comunistas, sem homossexuais, sem seropositivos, sem ministério da educação, da cultura, sem jornalistas independentes, sem árabes, sem negros, sem serviços públicos de saúde? - como os franceses não acatam tão passivamente os ataques contra a liberdade quanto os indolentes e subservientes portugueses, mais uma vez todos os povos Europeus esperam da França a reviravolta que afaste de vez do horizonte da raça humana o espectro do neoliberalismo selvagem que põe em perigo o futuro do Homem como espécie.

8 de Maio de 1945

Enquanto os europeus, e os franceses em particular, comemoravam efusivamente o fim da segunda guerra e a "libertação" do continente - longe das parangonas mediáticas - no mesmo dia, outros acontecimentos segregados da vista das multidões tinham lugar na distante colónia africana francesa da Argélia: os massacres de Sètif e Guelma, acontecimentos que inauguraram, por via da repressão, a guerra de libertação contra o colonialismo - luta que prossegue, cinquenta anos depois com o mesmo fulgor, agora contra o neo-colonialismo - pese as infâmias veiculadas contra os movimentos de libertação, agora apelidados de "terroristas" a soldo da Al-Qaeda.

Como a história se repete, quase sempre como farsa, pergunte-se aos entusiasmados "eleitores" de Sarkozy se, ao elegerem o biltre neoconservador para presidente, não estarão a dar cobertura, também desta vez, a toda uma série de outros acontecimentos trágicos levados a cabo sob o rigoroso cumprimento de um programa de dominação mundial escondido das opiniões públicas






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