Política
Este cartaz é a maior mistificação que se possa imaginar;
ou simplesmente, uma aldradice sem nexo. Como toda a gente muito bem sabe, em Lisboa não manda só a Câmara!. Mandam também o
Porto de Lisboa,
o Metro,
a Carris,
a Transtejo,
a CP,
as Forças Armadas e, sim,
o Governo, e não é crível que o panorama esteja
em vias de mudança apenas por causa duma mera eleição intercalar,,
"
Conforme faço uma escriturazinha, rapo dois mil aqui, dez mil acolá” confidenciava
Domingos Névoa (da Bragaparques) a Ricardo Sá Fernandes em conversa telefónica gravada pela PJ, (claro,
uma de entre muitas, deste e de outros personagens que não foram gravadas). É deste tipo de “
empreendedores” que gravitam em torno dos centros de decisão dos diversos poderes, que se alimenta com comissões, mordomias e outros favores, toda uma fauna de inúteis colarinhos brancos dependentes dos ventos eleitorais. Neste sistema corruptivo, instalado há décadas em torno das autarquias e dos gabinetes chave dos diversos governos de diferentes cores partidárias do centrão neoliberal (relacionamentos p/e expostos por Manuel Maria
Carrilho e Paulo Morais, entre outros), segundo abservou mais recente e certeiramente João Tabarra, “f
az-se sentir às pessoas a necessidade de estarem caladinhas para ver se lhes sobra alguma migalha; muitas já perderam a coluna vertebral” – e as que não a perderam viram-se rapidamente ostracizadas ou preteridas pelos lobies instalados.
É neste quadro que as infelizes candidaturas do PSD e do ex-PSD, deliberadamente apostadas em perderem (verem-se livres d`)a batata quente em que se transformou a gestão da Câmara Municipal de Lisboa (mantendo o
controlo pela filtragem das futuras decisões através da intocável Assembleia Municipal onde continuará a manter a maioria absoluta PSD), acrescentam mais meia dúzia de dicas que roçam o ridículo, partes gagas que de tão pessimamente encenadas só podem ser destinadas a desmobilizar os eleitores (se a maioria não comparecer, ganham a estratégia de arremesso de que o vencedor não tem perfeita legitimidade devido à elevada abstenção).
Como concerteza, por outras razões e por essa mesma razão, PS e PSD não terão legitimidade – “entre dois males, escolho sempre o que ainda não experimentei” dizia uma volúvel acriz famosa – ora como os eleitores já experimentaram decepcionantemente quanto baste os dois, está na altura de, para os que continuarem com pachorra e quiserem ter a maçada,
votar massivamente em qualquer dos outros candidatos que ainda não estiveram vinculados com funções executivas de Poder
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