Política



Privatização da água na agenda da Trilateral

segundo o Expresso Online, não estará na agenda do Estado a privatização da água em Portugal. No entanto, tudo aponta para que esta noticia servida por uma empresa cujo patrão tem ligações à Trilateral, não seja verdade.

Com Mário Lino e Pedro Serra à mesa,
Quatro gestores públicos, um gestor privado e um jurista integraram em 1997 uma comissão de direcção constituída, no âmbito da associação de empresas que financiam o grupo português da Comissão Trilateral, para debater as águas nacionais e peninsulares e abordar o modelo de privatização para este sector.
O relatório foi aprovado numa reunião realizada em 29 de Abril desse ano, no salão nobre do Instituto de Investigação Científica Tropical, em Lisboa, e na qual também participaram como membros do grupo consultivo a ex-ministra do Ambiente Teresa Gouveia e João Joanaz de Melo, do GEOTA. O documento foi entregue em 13 de Novembro de 1997 ao Presidente da República, Jorge Sampaio, ao Presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, e ao primeiro-ministro, António Guterres.
Dos seis especialistas do sector que colaboraram com a Trilateral e com o sector privado nacional, um é hoje ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e outro é presidente da Águas de Portugal. Em 1997, Mário Lino, o ministro em funções, era presidente da Águas de Portugal e administrador do IPE (Investimentos e Participações Empresariais) e Pedro Serra era presidente do Instituto da Água (INAG).
Os quatro restantes convidados da direcção do Fórum Portugal Global e da Trilateral eram Paulo Canelas de Castro (do escritório de A. Barbosa de Melo & P. Canelas de Castro), João Baú (presidente da EPAL e administrador da Águas de Portugal), Frederico Melo Franco (presidente da Luságua) e João Bártolo (administrador do IPE).
Paulo Canelas de Castro mantém a sua actividade no ramo de direito e como consultor, João Bau é investigador e apoiante da candidatura de Francisco Louçã à Presidência da República, Frederico Melo Franco é consultor da ProSistemas e do Banco Espírito Santo de Investimento e João Bártolo é presidente da Generg, um consórcio do universo da Fundação Oriente.
O actual secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, recordou, em Junho passado, quando procedeu à assinatura do Contrato de Financiamento da Carteira de Projectos do grupo de energias renováveis Generg, que o seu primeiro contacto com o grupo data de 2000, era então presidente do IPE.
O relatório aprovado pela Trilateral e financiadores, na presença dos seis convidados, tem como um dos pressupostos a «definitiva empresarialização do sector da água». Defendem a promoção de um sector privado nacional e a «reformulação do modo de intervenção no mercado da EPAL, tendo como pressuposto a respectiva privatização». O Estado deve proceder à empresarialização do sector e, posteriormente, proceder à privatização, através de «negociação directa interna no quadro da lei das privatizações».
O prazo para desencadear as operações deverá ter em conta «o posicionamento estratégico dos grupos portugueses com vontade e capacidade para actuar no sector».
Continue a ler: “A Trilateral Portuguesa”
publicado na revista «Função Pública», da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, nº 3, Dezembro de 2005
transcrito no Noticias da Amadora



loading...

- Tap - O Problema é Pais Do Amaral?
A privatização da TAP já o é antes de o ser. Por onde andará o ex-ministro Relvas? "Ainda que um dos três fundos norte-americanos que se juntaram a Pais do Amaral fosse especializado em aviação, o perfil do seu consórcio não é o mesmo dos de...

- Como é Possivel?
Três fait-divers, um por cada partido com assento no Parlamento, alegraram a agenda dos jornais e televisões por estes dias. 1. (PSD) O comentador que prediz o futuro lendo os astros, saiu-se com a adivinhação de que o Governo (no Documento de Estratégia...

- O Imi, A Agua E A Electricidade Vão Colocar 90% Da População No Limiar Da Pobreza. Em Portugal, Na Europa, No Mundo Inteiro.
"Não é concebivel que se gastem energia, recursos e capital social a discutir propostas legislativas que não estão conforme as normas constitucionais". Principalmente depois da aprovação à surrelfa do Tratado Constitucional Europeu, habilmente...

- Balsemão Sobre O Bilderberg: Nunca Fiz Nenhum Negócio à Pala Disso
clique no recorte para ampliar Francisco Pinto Balsemão é um dos senadores do Regime que vigora em Portugal depois do 25 de Novembro. Em entrevista ao Diário de Noticias (6 de Janeiro pp) Balsemão reconhece que, por mais de trinta anos, é o único...

- “lei Impede Baixar Os Salários Nos Privados”
Garcia Pereira fala sobre a redução de salários na Função Pública anunciada por José Sócrates. CM: A redução dos salários na função pública pode ter reflexos no sector privado? Garcia Pereira – Pode ter reflexos indirectamente. Mas um...



Política








.