Política
"A economia, (capitalista) essa ciência esotérica"...
Avolumam-se os sinais de que
a Europa enfrentará em breve uma segunda vaga da crise iniciada em 2007/8, a primeira vaga provocada pelo colapso dos fundos financeiros sobre o imobiliário nos Estados Unidos, a segunda pela
estagnação das economias na Europa face ao
colapso da bolha das dívidas soberanas para onde têm vindo a ser transferidos todos os prejuizos das contabilidades tóxicas do sistema bancário. O
ataque ao Euro pelos emissores da moeda de referência global, o Dólar e a Libra, assemelha-se enormemente com o
mesmo tipo de ataque que foi levado a cabo pelo imperialismo do Dólar contra o Yene japonês em 1992, o que provocou uma década perdida no Japão, numa das mais fluorescentes economias na época. Dito pelos próprios conservadores,
jamais o Japão recuperou os antigos indices de crescimento e progresso. Os alertas sobre o mesmo tipo de colapso
que afundará ainda mais a Europa prende-se evidentemente com a
decisão da Reserva Federal de suspender a emissão de mais dólares,
como o BIS avisou, o FMI previu e aqui se disse... para "ajudar a economia"(a deles)
A capa de ontem da
edição para a Europa da revista "The Economist" é reveladora. Num barco de papel semi-afundado feito de uma nota de 20 euros seguem, à proa, Merkel e Hollande. Lá atrás, Mario Draghi retira baldes de água de dentro da embarcação. O título resume:
"Aquele sentimento de naufrágio (uma vez mais)". E conclui-se no jornal privado do regime: É neste "
sentimento de naufrágio" europeu, agravado por problemas criados por nós próprios, que temos vivido os últimos seis anos. Seis anos!", uma posta assinada pelo editorialista de serviço Henrique Monteiro
É uma mentira grosseira do Expresso do Monteiro que
os problemas do euro "tenham sido criados por nós próprios";
nós quem? os do nicho de mercado dos tipos da laia dele.
Os problemas do Euro foram criados pela exportação de fundos financeiros titularizados em dólares e que foram "vendidos" aos bancos europeus para serem integrados numa cadeia de especulação pura. Como o BCE não pode emitir moeda e emprestá-la directamente aos Estados (
ao contrário da FED e do Banco-de-Inglaterra que pode fazer dinheiro na quantidade que lhes apetecer) a Dívida daí resultante acabou por ser assumida - por estes "governantes" europeus sem espinha dorsal -
como Divida Soberana dos Estados. É a maior falcratua de sempre na história, que está a afectar o paradigma civilizacional europeu, o que até aqui tem vindo a ser o modelo social que ilumina as aspirações de muitos povos do mundo. Concluindo, ou o sr. Henrique Monteiro está dizer que
esta vigarice foi feita pelos tipos que lhe pagam os salários (não o assumindo frontalmente)
ou o sr. Monteiro é um trafulha, um canalha, um vendido!
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