70º Aniversário da Vitória sobre o Nazismo (II)
Política

70º Aniversário da Vitória sobre o Nazismo (II)


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A passividade das potências capitalistas ocidentais face ao expansionismo alemão, italiano e japonês – que vinha já de trás, da ocupação e anexação de diversos países e territórios – tinha um objectivo bem definido: empurrar a agressividade nazi-fascista para destruir o regime daa União Soviética, propósito principal de Hitler, evidente no próprio Mein Kampf e na assinatura com o Japão do Tratado Anti-Komintern, ao qual viria a aderir a Espanha fascista em 1939 no final da guerra civil.

A resposta do povo russo encarnado no Exército Vermelho liderado por José Estaline foi fulminanante, como se sabe, culminando na batalha de Berlim com o hastear da bandeira dos operários e camponeses na cúpula do Reichtag. Um facto pouco lembrado, que entre os defensores nazis em Berlim se encontrava a famosa Divisão Azul da Espanha fascista (1). A conquista de Berlim é um feito imortal de que se comemora agora o 70º aniversário. A epopeia foi paga com mais de 20 milhões de russos mortos na Guerra Sagrada pela Pátria e pela erradicação do Nazismo na Europa Oriental. Mas a Grande Guerra Mundial não terminaria nesse dia 9 de Maio. Três meses depois, no extremo oriente asiático a União Soviética declarou guerra ao Japão e conquistou a colónia chinesa da Manchúria ocupada pelos japoneses. No dia seguinte os Estados Unidos efectuaram o primeiro ataque terrorista com armas atómicas, destruindo Hiroshima e três dias depois Nagazaki. Este acto desesperado dos imperialistas norte-americanos acontece para evitar a todo o custo que fosse o Exército Vermelho a ocupar o Japão e transformasse o Império do Mikado num país socialista. A rendição do Japão chegou a 2 de Setembro de 1945 assinada perante o general MacArthur a bordo do cruzador Missouri ancorado no porto de Tóquio.

(1) O revisionismo histórico em marcha tenta apagar factos incómodos para o regime da nova "democracia" neo-fascista. Mais de 125.000 europeus ocidentais não alemães serviram militarmente a Alemanha de Hitler! A Divisão Azul espanhola enviada para a frente leste alemã era composta por 47.000 "voluntários" dispostos a lutar pelo nacional-socialismo hitleriano. Embora não existam estudos historiográficos de voluntários portugueses entre esses combatentes pró-Nazis, como antes os "Viriato" na guerra civil espanhola, Portugal fez-se representar em apoio dos homens de Franco por "observadores estagiários” junto da Divisão Azul - um deles, que depois se viria a tornar famoso, foi António de Spínola, que chegaria ao posto de Marechal. 
(“Mercenários de Hitler – Tropas extranjeras al Servicio del Tercer Reich”, de Christopher Ailsby, Editorial LIBSA, Madrid)



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