9 de Maio de 1945, a história que se tenta reescrever no ocidente (V)
Política

9 de Maio de 1945, a história que se tenta reescrever no ocidente (V)


Esta ano a parada militar em Moscovo "foi a maior da história", segundo tinha anunciado o Kremlin, desfilando (hoje sábado a partir das 10 horas locais) mais de 16.000 soldados, incluindo em particular unidades da República Popular da China, da India e da Sérvia, aos qual se juntam 2.300 veteranos da Grande Guerra Sagrada pela defesa da Pátria. A grande demonstração de força será contudo posta na apresentação do armamento, especialmente o blindado Armata T-14, construído para ser o tanque mais "mortal" de sempre devida à sua couraça impenetrável e canhões automáticos. Da sua torre de controlo remoto e radar podem-se controlar simultaneamente até 40 alvos terrestres e 25 alvos aéreos num raio de 100 quilómetros. Como se trata da inauguração oficial da nova Guerra Fria, como meios dissuasores serão apresentados mais 200 veiculos militares, a maioria de características inovadoras, e 143 aviões e helicópteros de combate. Portanto, este é um momento de nostalgia que fará regressar à mente dos nazi-fascistas europeus o legendário tanque T-34, que tantos estragos provocou entre as tropas alemãs faz 70 anos. (ler mais)

Pequim retira lições do passado soviético
As “democracias financeiras” do Ocidente estão hoje então a braços com a capacidade de produção tecnológica russa aliada ao extraordinário potencial humano chinês – conforme o Acordo de Colaboração para as mais diversas áreas entre Vladimir Putin e Xi Jinping assinado ontem em Moscovo. Uma reedição contemporânea da “Rota da Seda” através do continente asiático, sobre o qual o imperialismo norte-americano tem utópicas e estúpidas ambições desde que pariu o “The Grand Chessboard”. Mas desta vez, com o poder entregue a vassalos, a Europa não dispõe de nenhum Marco Polo capaz de ser o embaixador que aprenda e nos traga conhecimento sobre sociedades organizadas para o desenvolvimento humano com ênfase na defesa colectiva do povo.

Como europeus estamos então encomendados às personalidades caguinchas de Hollande, (em vez de DeGaule), a Cameron (em vez de Churchill) e a Merkel (em vez de Hitler) - e a Merkel assenta como uma luva nas trombas a letra do hino que galvanizou os soldados do Exército Vermelho em 1941: “Não se atrevam as vossas negras asas/ a voar sobre a nossa Mãe Pátria/ não se atrevam a pisar/ os nossos campos imensos/ Disparemos uma bala na testa/ dos parasitas fascistas/Façamos um robusto ataúde/ para tal raça/ Que a nossa Ira/nos levante como uma onda/ Esta é uma guerra do Povo/ esta é uma Guerra Sagrada” (ouvir aqui)



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