a estratégia da Aranha - ou a guerra económica dos USA contra a Europa
Política

a estratégia da Aranha - ou a guerra económica dos USA contra a Europa



clique para ampliar

“Os vícios marcantes do mundo económico em que vivemos são o de que o pleno emprego não é assegurado, e o de que a repartição do sucesso e do rendimento é arbitrário e não equitativo”
Jonh Maynard Keynes (1936)

Setenta anos depois, estamos cada vez mais longe de Keynes. Ao abandonar os acordos do pós-guerra firmados em Bretton Woods, que a Europa consentiu em se auto-receitar, o Consenso de Washington instituiu um género de Bretton Woods II (em parceria com a Europa) tendo por alvo os países asiáticos de economia emergente, que pudessem continuar a viabilizar a expansão do capitalismo americano.
A receita ultraliberal do “quanto menos os governos governarem, melhor funcionam os Mercados” exportada pela “inteligentsia” yankee para que os governos Nacionais se abstenham face aos grandes interesses económicos é óbvia: É preciso privatizar porque quanto mais negócios permanecerem na esfera Pública menores serão as oportunidades de obter Lucros, e as maiores empresas são americanas ou suas filiais.
Quando os “tigres” asiáticos fraquejaram foi imperioso reduzir a concorrência, e manejando os mecanismos “Financiamento- posterior aumento de Juros”, os Estados Unidos provocaram a crise num dos parceiros capitalistas: o Japão (1997).
Actualmente, reduzida a expansão asiática á China, e na perspectiva de uma nova crise económica, desta vez generalizada á escala mundial, a nova vítima é a concorrente Europa, como se tornou claro face ao Acordo das Lajes, onde igualmente ficou tambem bem claro quem são os países do novo núcleo restricto de Aliados políticos pró-americanos.
Esta inversão da Politica em que o poder de decisão está confiado a Instituições não eleitas, e em que a gestão corrente dos assuntos económicos compete aos Governos, colocados ao mesmo nível das Empresas, tem dado os seus frutos:
Segundo Edward Wolff autor de “Where has all the money gone”:
- “50% da riqueza criada nos Estados Unidos entre 1983 e 1998 beneficiou 1% das famílias, as que já tinham os maiores rendimentos,,,
- e 90% dessa mesma riqueza beneficiou as que já se situavam nos 20% mais favorecidos”.
Ao prosseguir esta “evolução” a aritmética dos interesses instalados criou um tal abismo entre categorias sociais, que a marcha do sistema económico se tornou incompatível com a Democracia.
A economia americana em 2004 cresceu 3,8% e em 2005 prevê-se que cresça 4,4% enquanto a União Europeia não ultrapassa os 2%, segundo dados do Eurostat.
O Euro voltou ontem ás quedas face ao Dólar, com os investidores especulando acerca do ritmo de aumento das taxas de juro do FED nos EUA.(Publico 2Abril)
Nesta regressão aos tempos da rainha Maria Antonieta, é obvia a razão de Marx, quando afirmou ser a base económica que pré-determina toda a restante vida social.

A nível nacional:
portanto, nada parece anormal, no facto de Francisco Balsemão apoiar o nº2 dacorrectora Londrina que lançou o pânico nos Mercados ao prever o aumento do preço do petróleo para mais de 100 dólares o barril!,,, Trata-se de António Borges o nº 2 da transnacional Goldman Sachs e putativo candidato a dono do PSD, caso as figuras menores indigitadas não dêem conta do recado.
Post tenebras non spero lucem



loading...

- Sob A Capa,,, Por Detrás Dos “mercados Livres”
O Capitalismo é um regime económico que precisa de crescer sempre, e que apenas pode sobreviver criando desigualdades. Ainda na fase dos Monopólios dominados pelos Estados Nacionais, a seguir à segunda Grande Guerra, a Europa foi o campo de expansão...

- Fed Diz Que Fez O Que Podia Alberto Tamer -
O Estado de S.Paulo O FMI alertou para o risco crescente de uma nova crise, a OCDE, mais conservadora, afasta a hipótese de recessão, e o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve ontem as taxas de juros em torno de 0,5 negativo - já...

- Luiz Carlos MendonÇa De Barros Todos Os Olhos Na Economia Americana
FOLHA DE SÃO PAULO - 19/02/2010 Somente ao fim da primeira metade do ano é que poderemos ter um quadro mais claro nos Estados Unidos ESTAMOS completando o segundo mês do ano e os mercados financeiros continuam pisando em ovos. Até os analistas confiantes...

- Ainda Os Efeitos Da Crise Bancária- Luiz Carlos Mendonça De Barros
VALOR ECONÔMICO Estamos vivendo uma nova onda de pessimismo, com forte correção dos preços dos mais diferentes ativos negociados nos mercados do mundo todo. O aperto nas condições monetárias na China e a perda de confiança na capacidade da Grécia...

- Yoshiaki Nakano Desacoplamento E Guerra Cambial Dissimulada
VALOR ECONÔMICO A economia mundial está se recuperando dos efeitos catastróficos da crise financeira, mas o crescimento dos próximos anos deverá apresentar grandes assimetrias. O processo de desalavancagem e queda no consumo e investimento privados...



Política








.