1. A Argentina reivindica a posse das Ilhas Malvinas, alegando que estão em seu mar territorial e que entre 1827 e 1829 argentinos a assumiram. A Inglaterra tomou posse das Ilhas Malvinas/Falklands em 2 de janeiro de 1833 e a ocupou com escoceses, galeses e irlandeses. De lá para cá pertence à Grã-Bretanha. Lá se vão 179 anos. 2. O argumento que a Argentina já teve o controle das mesmas abriria um precedente absurdo. Basta ver o mapa das Américas em 1829 e compará-lo com hoje. Ou de qualquer outro continente. Em 1828 o Uruguai pertencia ao Brasil. 3. Mas há um segundo argumento: a proximidade. Outra vez isso abriria precedentes insolúveis e, portanto, nenhuma corte internacional acataria a tese. Exemplos. Espanha tem dois territórios dentro de Marrocos: Ceuta e Melilla. E a Grã-Bretanha tem a posse de Gibraltar, na mesma região mediterrânea. Alguém imagina que o raciocínio da proximidade se aplica a esses casos, aliás, muito mais contundentes que o mar territorial? 4. É verdade que a Grã-Bretanha devolveu a autonomia a Hong Kong. Mas qual a diferença? É que no caso de Hong Kong sua população era de origem chinesa. Nos casos das Malvinas e Gibraltar a colonização é britânica e no de Ceuta e Melilla é espanhola. Sendo assim, seus habitantes se sentem parte integrante, cultural, linguística, etnicamente..., da Grã-Bretanha e Espanha. Qualquer pesquisa mostra que quase 100% dos habitantes querem manter esse status quo. 5. Da mesma forma nas Malvinas. Sua população se considera britânica e não quer mudar de nenhuma forma essa condição. Será que a Argentina imagina que a solução seria expulsá-los de lá e assumir? Afinal, o que dá caráter nacional a um território é seu Povo. |