a Torre de Basileia, a alta Finança e a Guerra
Política

a Torre de Basileia, a alta Finança e a Guerra


respigado do livro de Adam LeBor (1)
"Há dois milénios, o filósofo romano Cícero observou: os nervos da guerra são o dinheiro infinito". Uma versão actualizada desta sentença assinalaria que "os nervos da guerra são o fluxo transnacional de dinheiro infinito" que ultrapassariam quaisquer obstáculos. Quando os lideres dos Aliados se reuniram em Potsdam em Agosto de 1945, concordaram em descentralizar a economia alemã e acabar com o poder dos seus cartéis. Mas os industriais nazis não tinham medo de tais ameaças - Thomas McKittrick, o banqueiro norte-americano de Hitler colocado em Basileia como administrador do Bank for International Settlements, como demonstram os documentos da OSS sobre o Plano Harvard, já os havia tranquilizado que mesmo que a descartelização acontecesse, os Aliados garantiriam, não obstante, os lucros pela reabilitação das suas empresas" (2)
A alquimia da guerra consiste em transformar sangue em ouro. Em baixo temos uma imagem familiar de pessoas vista habitualmente em inúmeras variantes: um grupo de camponeses em época da colheita, no final da jornada descansam contentes com suas ferramentas atrás do produto do seu trabalho. Estamos em 1945. Esta é de facto uma ilustração do que se pode chamar "a Corrida ao Ouro em Treblinka" - após a Segunda Guerra Mundial,  os camponeses polacos juntam-se todos os dias à caça de jóias e ouro pelo meio dos restos humanos nas ruínas dos antigos campos de trabalho nazis. (ler mais)

(1) «Adam LeBor escreveu uma história absolutamente fascinante sobre o BIS, porventura a mais enigmática instituição financeira do mundo. A "Torre de Basileia" desafia declaradamente os xamãs financeiros [Bancos Centrais]... É uma imagem muito feia e LeBor pintou-a bem (...) A história que revela os vários esqueletos no armário do Banco, e a sua espantosa capacidade de se reinventar periodicamente apenas ajuda a mistificá-lo ainda mais" recensão de Liaquat Ahamed, autor do livro "Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World"
(2) o BIS aceitou ouro nazi saqueado, conduziu ofertas de divisas para o Reichsbank, e foi usado pelos Aliados e pelas potências do Eixo como ponto de contacto secreto de modo a manter os canais de financiamento internacional abertos. Depois de 1945, o BIS - ainda nos bastidores - forneceu, durante décadas, o apoio técnico e administrativo necessário ao projeto da moeda transeuropeia, desde as primeiras tentativas de harmonizar taxas de câmbio no final de 1940, até ao lançamento do euro em 2002. (aprofundar o tema aqui)
Existe um grupo de discussão, notícias e análises no Facebook sobre o as actividades actuais do "Bank of International Settlements", o Banco dos Bancos Centrais.



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