Documentário do canal franco-alemão sobre as intervenções da Troika. Contém cenas eventualmente chocantes,não sendo recomendado a quem acredita na propaganda do governo
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Francisco Louçã sobre o devir da situação grega: 1ª questão, se há um novo resgate, é um recuo da Grécia. O governo tinha sido categórico desde o início, não aceitando o formato jurídico de um novo resgate, com o que ele implica de intromissão, de protectorado e de submissão. A diferença seria o investimento viável e portanto a solução para a recessão. Mas Tsipras não conseguiu esse acordo de reestruturação, ele nem foi considerado pelas autoridades europeias, e portanto perderam-se cinco meses.
2ª questão, se são propostas novas medidas de austeridade, a recessão vai agravar-se e a desconfiança também. O referendo convocou os gregos para rejeitarem o ultimato europeu e as suas propostas. Retomar o essencial dessas propostas seria sempre uma derrota política para a Grécia. 3ª questão; qualquer política fiscal ou orçamental tem que responder à divisão social da Grécia. Os pobres votaram Não porque nada têm a esperar das políticas europeias de austeridade. 4ª questão, se, apesar de novas medidas de austeridade, for aplicada alguma forma concreta de reestruturação da dívida, o balanço entre os ganhos e as perdas decidirá o resultado político final desse acordo. Nesse caso, a Grécia ganharia no que deixaria de pagar em dívida (através de um período de carência, de extensão dos pagamentos com juros adequados ao seu crescimento do PIB, ou simplesmente por redução do stock da dívida com os credores institucionais) e perderia do outro lado, no efeito recessivo da austeridade agravada. Seria sempre preciso um efeito equivalente ou superior em redução do saldo da balança de rendimentos para compensar a Grécia. Isso não seria então uma derrota e poderia mesmo transformar-se numa recuperação. (artigo completo em TudoMenosEconomia)
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