apresentação da candidatura de Joana Miranda à eleição para a Câmara Municipal de Lisboa
Política

apresentação da candidatura de Joana Miranda à eleição para a Câmara Municipal de Lisboa


Joana Miranda, 27 anos, advogada, é a candidata do PCTP/MRPP à eleição para o governo da cidade de Lisboa. Trata-se de uma candidatura com um programa de soluções jovens para uma câmara há muito sequestrada por velhos interesses.

Lisboa tem perdido 10 mil habitantes por ano, gente cada vez mais condenada a viver precariamente em subúrbios, vitima do sonho americano de casa e carro próprios, em detrimento de transportes públicos eficazes e da ausência de um plano habitacional a custos socialmente sustentáveis. Enquanto isso a cidade apodrece com o património, os bairros populares e o parque habitacional desabitados e em ruínas. Cada vez mais sequestrada pelos interesses de gente rica que exige prioridade para o automóvel a maioria dos quais são especuladores imobiliários estrangeiros assessorados pelo tradicional nacional-pato-bravismo, a Cidade, sob o imóvel servilismo de António Costa e a nova Lei dos Despejos vêm brindar novos terrenos para que a venda a retalho aos interesses alheios à população possa florescer.

Lisboa não pode nem dever ser apenas uma cidade de serviços. Para sustentar a burocracia Lisboa tem hoje 3 vezes mais funcionários que tinha em 1974, dos quais um número exagerado de advogados: 250! para sustentar esta máquina de consumo diabólico, conluiada com o governo, a Policia Municipal recorre a coimas e à caça à multa através de serviços externos de empresas semi-privadas como a Emel, a qual deve ser extinta. O Plano Director Municipal criado por Sampaio que possibilitou a liquidação das manufacturas e pequenas indústrias deve ser revisto, providenciando o regresso destas actividades produtivas à vida da cidade. Sem a classe operária no seu seio, faltará a Lisboa a mola necessária para a percussão do desenvolvimento de uma grande capital europeia


A primeira questão que se põe a esta candidatura é que, sendo este programa agora apresentado inquestionavelmente de Esquerda, porque é que o actual presidente António Costa ao propôr uma falsa e maquiavélica «união das esquerdas para derrotar a direita» convidou o Partido dito Comunista (PCP) e o Bloco dito de Esquerda (BE), deixando de fora a candidatura do  PCTP/ MRPP? a resposta é óbvia - Costa, ou qualquer outro "socialista" com funções executivas, há muito que não sabem o que é ser de esquerda nem de direita - tudo se funde numa mescla aglutinante no famigerado Bloco Central que por décadas tem exercido o Poder.
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