Política
as Escutas e o mercado dos Poderes
Nas decisões-opiniões da
Procuradoria Geral da República e do
Supremo Tribunal de Justiça sobre a pretensa investigação do caso
José Sócrates-secretário-geral-do-PS e
ArmandoVara-administrador-do-BCP «não se revelou qualquer facto, circunstância, conhecimento ou referência susceptíveis de ser entendidos e interpretados como indício ou sequer como sugestão de algum comportamento com valor para ser ponderado em dimensão de ilícito penal». E vai um: o Poder “independente” , que é o da
Justiça.
Há outras concepções no caso Paulo Penedos-Armando Vara. A Presidência da República desdramatiza a paisagem e faz o que lhe compete, isto é,
fica encavacada como habitualmente no lamaçal não resolvido da célebre acção de enviar recados dos seus assessores para os jornais sobre "escutas" de que o próprio Cavaco estaria a ser alvo. E vai mais um: o 2º Poder “independente” que é o que em última instância preside ao
Legislativo(que no caso ratificou a legislação para que se proceda às escutas)
José Sócrates e a camarilha do PS que o rodeia fazem a sua fast-critica ao “jornalismo de buraco de fechadura” em nome da associação de malfeitores que pretende
tomar de assalto o essencial da “comunicação social” e afastar vozes incómodas da concorrência politica. Em nome da gravidade da crise disfruta de um mecanismo de auto-desinfecção, apesar do já longo currículo de processos acumulados de suspeitas judiciais e (ainda?) não investigados. E vai mais outro: o 3º Poder “independente” que é o
Executivo que cumpre “
a vontade do povo” veiculada pela Assembleia da República.
Nos
jornais e televisões, os funcionários dos meios de comunicação corporativos fazem o que lhes compete nas decisões dos patrões na função de vender exemplares
angariando clientela, subsídios epublicidade por forma a que se sustentem na sua periclitante situação. Vale tudo, em exorbitantes e febris acções como
agentes de espionagem sobre os 3 orgãos dos 3 poderes "independentes”,
facilitando recados, viciando informações, trabalhando opinião em função dos interesses eleitorais dos actores da partidocracia. E vai mais um: o 4º Poder “independente”
No final da cadeia alimentar da Corja, estão as vítimas onde os abutres debicam o repasto - a grande massa de cidadãos-consumidores que têm de engolir à força, acompanhando com uma boa dose de ingenuidade o alimento que lhes é escasso em perspicácia,
o relato intensivo e dramatizado em chorrilho dos 4 poderes atrás mencionados. Não inferindo daí que
existe uma agenda oculta onde todos os actores com visibilidade estão previamente concertados e que o que vemos “como real” tem pouca ou nenhuma relação com aquilo que de facto acontece. E vai o último hipotético 5º Poder onde
face ao escândalo da trama contra a democracia, nunca mais acontece a revolta generalizada dos oprimidos. Meras demissões de "responsáveis" conservando as estruturas não chegam. Estejamos atentos.
As crianças reunidas no rochedo das Focas durante a tempestade;
as suas expressões denotam a aproximação de
algo
ao mesmo tempo terrivel e maravilhoso.
de "
os Filhos de Lir" representação do conto da mitologia Celta.
John Duncan 1866-1945
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