Política
Ataque ao Irão marcado para Junho
* A administração Bush está actualmente a exercer a maior pressão possível sobre a OPEP para aumentar o fluxo do petróleo em mais um milhão de barris por dia (muito acima da sua capacidade) a fim de acalmar mercados nervosos e arranjar tempo para o bombardeamento do Irão planeado para este mês de Junho. O chefe dos inspectores da Nações Unidas Scott Ritter, que confirmou a inexistência de armas de destruição maciça no Iraque, deu uma entrevista a 21 de Fevereiro de 2005 em Washington ao jornalista Dahr Jamail onde afirmou que o ataque ao Irão está marcado para este mês e que o plano para o ataque já tinha sido apresentado a George W. Bush que o aprovou.
* Num extenso artigo Michel Chossudovsky explica a preparação do ataque americano ao Irão e conclui:
O mundo encontra-se numa importante encruzilhada. A Administração Bush embarcou num aventura militar que ameaça o futuro da humanidade.
A planeada operação militar, que não está de forma nenhuma limitada a ataques punitivos contra instalações nucleares no Irão, faz parte de um projecto de domínio mundial começado no fim da Guerra Fria, com ambições imediatas de controlo da zona petrolifera do Mar Cáspio.
* Em Novembro de 2004 o Irão tinha avisado que não autorizaria inspecções da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) se o dossier sobre o seu programa nuclear fosse levado ao Conselho de Segurança da ONU, e "Washington Post" revelava que os EUA gravaram conversas telefónicas entre Teerão e o director da Agência Internacional para a Energia Atómica (AIEA), Mohamed El Baradei, para encontrar algo que colocasse em causa a permanência do egípcio à frente da agência da ONU, que dirige desde 1997, para substituí-lo por alguém menos complacente com os iranianos.Para tanto, Washington teria de convencer mais de metade dos 35 membros da AIEA.
* Já em 2005 o governo de Teerão desenvolveu um plano para começar a competir com o NYMEX de Nova York e com o IPE de Londres no comércio internacional de petróleo — utilizando um mecanismo denominado em euros. Isto significa que sem alguma forma de intervenção americana o euro estaria assim em vias de ganhar um firme ponto de apoio no comércio internacional de petróleo. Dados os níveis do endividamento americano e o declarado projecto neoconservador para a dominação global americana, o objectivo de Teerão (as segundas maiores reservas depois a Arábia Saudita) constitui uma óbvia perturbação na supremacia do dólar americano no comércio internacional de petróleo.
* "Se os banqueiros centrais do mundo acumularem menos dólares, o resultado será uma inexorável necessidade de os americanos contrairem empréstimos face a um dólar cada vez mais fraco – uma receita para taxas de juro mais altas e preços mais altos. As repercussões económicas poderão vir a revelar-se pouco a pouco, resultando num longo e lento declínio do padrão de vida. Ou então poderá dar-se um desenlace rápido, com a marca de uma crise fiscal descontrolada."
"o papel moeda não tem para onde ir, a não ser descer". Só há uma coisa que a administração pode fazer para garantir que os negociantes de energia continuem a comercializar em dólares, é controlar o fluxo do petróleo. Isto significa que é quase certo um ataque ao Irão”
dizia o Editorial do New York Times,em 02/Fev/2005.
O grande Imperio ao recorrer a medidas drásticas, disparando em todas as direcções numa atitude claramente desesperada para sobreviver económicamente, confirmando-se o ataque ao Irão, confirma igualmente o declinio irreversivel da America, tal como a conhecemos! Alguem que pergunte urgentemente ao Povo Português se queremos ser aliados de um IV Reich.
* Leonide Chebarchine:"es mobiles pétroliers du bellicisme de Washington et montre que la stratégie du Pentagone conduit inexorablement à faire la guerre en Afghanistan hier, en Irak aujourd’hui et en Iran demain"
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