O Brasil está perto do pleno emprego, segundo afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em entrevista exclusiva ao iG. Ele prevê que a taxa de desemprego caia dos atuais 7,4% para 6% até o fim do ano, o que, para muitos economistas, já pode ser considerado como o pleno emprego. "Já estamos bem próximos do pleno emprego no País. Este ano, a taxa de desemprego deve fechar em 6% e, no máximo, em oito anos, isso deve cair para 5% da população. Vai ser um marco para a história do Brasil", disse Lupi.
Mais cedo, o ministro havia anunciado a geração de 212 mil empregos formais apenas no mês de junho, um recorde histórico. No ano, o saldo do trabalho está positivo em 1,473 milhão de trabalhadores
Em oito anos, de 2003 a 2010, a geração líquida de empregos (descontada as demissões) no País vai totalizar 15 milhões de postos de trabalho formais, segundo cálculos do Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. O ministro afirmou que esse número vai ser possível em razão de uma política de valorização do emprego e da renda, o que possibilitou o resultado recorde do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado mais cedo pelo ministro, de 1,473 milhão de postos de trabalho.
De janeiro de 2004 a junho deste ano, o País gerou 13,226 milhões de empregos líquidos. Os números levam em conta dados dos Caged de 2009 e de 2010, além dos resultados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2003 a 2008.
Desigualdade e emprego - A redução das desigualdades no País está mais ligada ao aumento da renda do brasileiro do que às transferências de benefícios de programas sociais como o Bolsa Famíia. A afirmação é ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que disse ter percebido uma revolução social no Brasil nos últimos anos.
"A base da pirâmide social está ganhando mais, e isso tem se refletido em maior redução das desigualdades no País", contou o ministro. Para Lupi, a política de valorização do salário mínimo acima da inflação adotada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva é a grande protagonista da melhora das condições de emprego e renda que o País vive atualmente. "O Brasil vive um momento mágico, e isso se deu com geração de empregos e aumento de renda, o que é ótimo principalmente para as classes mais baixas", assinalou o ministro.
Qualificação profissional - Ainda que o cenário para o emprego seja de otimismo, a falta de mão de obra qualificada constitui hoje gargalo ao desenvolvimento sustentável do mercado de trabalho, conforme pensa o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. "O Brasil tem uma grande dificuldade que é a cultura da qualificação profissional", disse. Segundo contou o ministro, entre cinco e seis milhões de pessoas procuram emprego atualmente no País. Ao mesmo tempo, há oferta não correspondida de um milhão de postos de trabalho pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), que não consegue preencher as vagas.
"Esse um milhão de postos sem trabalhador é em função da falta de qualificação, que ainda é baixa no País", disse. Blog do Alê