Política
Capitalismo Verde, a mesma merda de capitalismo de sempre
a Conferência Rio+20 promete
"criar milhões de empregos" verdinhos. Para já, o que temos é a chegada à cidade para o evento de cerca de 50 mil pessoas, todas, salvo raras excepções locais, a cavalo nas energias fósseis. Os Estados Unidos, só por si responsáveis por mais de 25% do consumo de energias não renováveis do planeta, não estarão presentes.
Ainda que o Imperialismo se vista com finas roupas de seda, se algo nos ensina a Teoria Geral dos Sistemas (1)
é que todos os elementos de um sistema interagem entre si Num estudo do modelo matemático (2) aplicado ao capitalismo,
uma das três forças produtivas ,
o Capital, alimenta-se da exploração e do desgaste das duas restantes: a força de Trabalho e os Recursos da Natureza – lançando sobre elas todas as consequências nefastas do processo produtivo. O Capital financeiro das grandes potências logra tais objectivos em estreita cooperação e cumplicidade com o Estado, ao mesmo tempo que pretende que os Estados dos países periféricos se abstenham de toda a intervenção económica autónoma. Assim,
o grande Capital, enquanto coligado com o poder público do Estado, tenta afastar da gestão as restantes forças de produção, absorvendo-as para a esfera do privado. Com tal politica, pretende que a defesa do Trabalho esteja essencialmente nas mãos de associações privadas, como os sindicatos; e determina que a gestão da Natureza deve também depender de entidades privadas: as grandes empresas multinacionais, as associações de minorias étnicas locais e de organizações não governamentais, todas frequentemente financiadas pelo Estado.
A chamada “Economia Verde”, apesar de alguns dos seus postulados serem sensatos,
continua a prédica de que a Natureza deve ser submetida aos jogos do “Mercado”, que por sua vez está dominado pelo grande Capital (…) o falido modelo económico capitalista, agora mascarado de verde, pretende submeter todos os ciclos vitais da Natureza às regras do mercado e ao domínio da Tecnologia, pela privatização e mercantilização da Natureza e suas funções, assim como todos os conhecimentos tradicionais, aumentando com isto os mercados financeiros especulativos através do mercado de compra e venda de quotas de emissão de carbono, de serviços ambientais, de compensações por perdas de biodiversidade e por deflorestação. Como se vai subentendendo (3),
os decisores no capitalismo livre têm nas mãos a capacidade de se decidirem pelo investimento em tecnologias que escolhem entre a vida e a morte.
(para ler no blogue do venezuelano Luis Britto García)
(1) “
Teoria dos Sistemas”,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_de_sistemas (2) Oskar Morgenstein e John von Neuman, 1944
“The Theory of Games and Economic Behavior”(3) Steve Heims, John von Neumann e Norbert Wiener, 1980.
“From Mathematics to the Technologies of Life and Death”.
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