O senador Demóstenes Torres foi, na prática, expulso do DEM nesta terça-feira (3), embora a versão oficial diga que ele decidiu sair do partido. Conhecido pelo discurso da moralidade, de combate à corrupção, o senador tinha o costume de denunciar membros do governo Dilma. Agora ele é acusado de ser cúmplice de negócios ilegais controlados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, em um esquema que envolve diretamente o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo.
A mídia tem se esforçado para esconder o envolvimento do governador tucano no caso que pode gerar uma CPI no Congresso Nacional. Porém, nesta terça-feira, o governador foi forçado a se manifestar sobre o caso.
"Lamento muito que estes fatos estejam acontecendo. Até porque eu fui colega do senador Demóstenes e ele foi um senador que produziu muito. [Elaborou] milhares de relatórios, ajudou na mudança do Código de Processo Penal, no Código de Processo Civil... É uma das autoridades mais respeitadas nessa área jurídica", disse o Perillo ao R7.
Ele negou as evidências que o ligam ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. "Eu queria tranquilizar a todos em relação ao governo do estado. Não há qualquer vínculo de ilícito do governo do estado em relação à contravenção ou com a prática de quaisquer outros crimes. Por esta razão, nós estamos tranquilos, trabalhando, cumprindo agenda diária."
O governador diz ainda não temer as investigações da Polícia Federal. A reportagem de capa da CartaCapital desta semana, porém, não tergiversa, e divulga, sob o título "O crime no poder", provas consideráveis do envolvimento do governador tucano com o esquema ligado ao senador expulso e ao bicheiro.
Da Redação Vermelho, com agências
extraído do TERROR DO NORDESTE