CESAR MAIA De volta ao Oriente
Política

CESAR MAIA De volta ao Oriente


FOLHA DE SÃO PAULO - 27/11/10

Três importantes reuniões internacionais no espaço de uma semana, neste mês de novembro, marcaram uma guinada em direção ao Oriente.
Nas três, o presidente Obama esteve presente. A primeira -a reunião do G20-, que pela total inutilidade coonestou as políticas econômicas da China e EUA; a segunda, dois dias depois, essa sim efetiva, foi a da Apec (Ásia-Pacífico), que decidiu, com aval dos EUA, China e Japão, a criação de uma mega-área de livre comércio. Ali mesmo o Peru (que há anos tem os melhores indicadores econômicos da América Latina) assinou seu acordo de livre comércio com a Apec; finalmente, a reunião da Otan em Lisboa no último fim de semana, que atribuiu-se funções que antes cabiam ao Conselho de Segurança da ONU.
Com a Europa em recessão (OCDE prevê crescimento de 1,7% em 2011), com os planos ortodoxos no Reino Unido, na Espanha, na França e na Alemanha, as crises da Grécia, Portugal e Irlanda, os problemas de desemprego nos EUA, o chavismo em expansão na América Latina (a ocupação pela Nicarágua de faixa da fronteira da Costa Rica é mais um capítulo) e a política externa de Lula (que foi tratado friamente no G20), Obama tomou o trem e atravessou o país, saindo do Atlântico para o Pacífico. Afinal, tem que cuidar da reeleição, depois da derrota eleitoral. As reuniões da Apec e da Otan são decisões tomadas e que já repercutem.
Na reunião da Otan, Obama foi explícito: "Esse novo conceito estratégico para a Otan identifica novas ameaças das quais temos que defendermo-nos juntos". As ameaças são o terrorismo, as atividades criminosas no ciberespaço, a proliferação de armas de destruição massiva, seus meios de distribuição...
O novo conceito estratégico reconhece que essas ameaças modernas exigem uma resposta global e põem em marcha um modelo de alianças com outros países e outras organizações. A reunião ampliou a ação da Otan usando como referencia a Isaf -força que a Otan mantém no Afeganistão. A presença de Karzai, seu presidente, assim como do general comandante dos EUA-Isaf no Afeganistão, David Petraeus, afirmou o caráter operacional da reunião.
E não parou aí: a Otan será uma aliança nuclear enquanto houver armas deste tipo no mundo, num recado ao Irã. Foi adotado o princípio da defesa coletiva e a política de "porta aberta", o que permitirá futuros alargamentos. "Este é um plano de ação histórico", explicou Rasmussen, secretário-geral da Otan. No novo conceito estratégico, a Otan passa a atuar também em parcerias com outras potências.
Medvedev, presente, saudou a decisão, pela Rússia. Assim, a Otan chega ao Báltico, Negro e Cáspio (Irã). E quase cola na Coreia do Norte.



loading...

- Rússia Armada Até Os Dentes
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou ontem um ambicioso plano de rearmamento militar. O argumento de Medvedev é que a Otan, aliança militar formada por países ocidentais e encabeçada pelos EUA, está se expandindo perto das fronteiras...

- O Jornalismo Hipócrita Da Rede Globo E Da Mídia Nacional
Portal Vermelho No primeiro dia útil de 2012 a Rede Globo e a mídia brasileira noticiaram – de forma hipócrita – que o Irã, mais uma vez, desafiava o mundo ao fazer testes com mísseis de médio e longo alcance no Estreito de Ormuz, por onde...

- A Ásia E A Estratégia De Defesa Dos Eua - Rubens Barbosa
O ESTADÃO - 28/08Os EUA promoveram no início de 2012 a mais profunda mudança estratégica na sua política externa e de defesa desde 2002, quando George W. Bush, sob o impacto do atentado de 11 de setembro de 2001, radicalizou a ação americana no...

- Rubens Barbosa Defesa E Política Externa
O Globo - 22/02/2011 A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aprovou em novembro de 2010 uma nova estratégia de defesa focalizada, sobretudo, no relacionamento com a Rússia e com o Afeganistão. Um dos aspectos discutidos e que foi registrado...

- Rubens Barbosa - Parceria Trans-pacífico
23 de março de 2010 | 0h 00 O Estadao de S.Paulo Os EUA e a China entraram em período de crescentes atritos econômicos, políticos e diplomáticos, antecipando uma rivalidade que, mais para a frente, poderá trazer de volta a bipolaridade nas relações...



Política








.