Change, a "mudança" meio mandato depois…
Política

Change, a "mudança" meio mandato depois…


Os Estados Unidos podiam ter mudado depois do carnavalesco vintecinco-de-abril que foi a eleição de Obama?... não, não podiam – porque quem efectivamente manda ali não é o mero boneco bemfalante que debita a retórica pronto-a-consumir pelas televisões, mas os responsáveis que não dão a cara pela mais extraordinária máquina de guerra alguma vez criada à face da Terra. É neste contexto que Obama, o “prémio nobel da Paz” decidiu novamente enviar mais tropas para o Afeganistão, de acordo com a noticia publicada no Wall Street Journal. Segundo o porta-voz do Pentágono o objectivo, agora que o perigoso Bin Laden se eclipsou por falta de credibilidade dos mapas mediáticos, “é aumentar a pressão sobre os Taliban”, outra fonte inesgotável de terrorismo para uso de parolos
(ver Empire New Clothes)

O facto do Pentágono utilizar o Wall Street Journal como meio para difundir os seus comunicados não é inocente. É o poder financeiro quem decide dos meios a empregar na indústria belicista. Na semana seguinte à chegada dos Republicanos à maioria no Congresso, o executivo do lobie judeu responsável pelo Tesouro, Timothy Geithner, pediu-lhes que aumentem o tecto para a dívida pública, actualmente fixado em 14,3 mil milhões de dólares, e alertou que não o autorizar poderia ser um sinal para o país entrar em incumprimento de pagamentos

Barack Obama e Mitch McConnel, o líder do Senado, mal se
conhecem e pouco ou nada têm em comum, mas são o único
par que resta no poder democrata em Washington (Time)

Com a estrepitosa queda do mito Obama, (a sua popularidade durante as eleições intercalares que trouxeram os republicanos de volta, é mais baixa que a de Bush), lá se derrete também mais um pouco em Portugal a âncora do “soarismo nacional democrata em liberdade” – a farronca maçónica de Soares (1) apoiada na existência de uma pretensa “esquerda liberal” norte americana é um embuste. É politicamente ilegítimo invocar algo que não existe, nunca existiu e não dispõe de espaço para existir.

Mudanças de decisores na base económica que suporta o paradigma imperialista

Com a saída do Rham Emmanuel (um judeu com serviço militar cumprido no exército terrorista de Israel) de chefe de gabinete de Obama, para ser eleito como presidente da Câmara de Chicago (o principal bastião democrata nos EUA, de onde aliás é originário Obama) – o novo chefe de gabinete nomeado pelo presidente foi William Daley, que exercia até agora o cargo de director de um dos principais bancos beneficiários da crise, o J.P.Morgan, uma das entidades suporte dos accionistas privados da Reserva Federal. A equipa económica de Obama também sofre alterações, tendo em vista manter imutável o sistema: Gene Sperling será o novo presidente do Conselho Económico Nacional. Está encarregado de gerir as normas emanadas da Reserva Federal, cujo responsável, o judeu Ben Bernanke, já esclareceu que qualquer hipótese de recuperação do capitalismo não acontecerá antes dos próximos 5 anos.

(1) Sobre a nossa eleição para presidente, em carta aberta a Mário Soares, um apoiante de Alegre sugere-lhe que tome partido, “siga os ditames da sua consciência… apoie sem rodeios o candidato da sua preferência – que toda a gente sabe não ser o candidato apoiado pelo PS (nem tampouco pelo seu próprio aparelho partidário)… e depois, se houver uma eventual segunda volta retribua os sapos que muitos portugueses engoliram para votar em si e declare o seu apoio a quem estiver na liça contra o candidato da direita. Não vamos permitir que subsistam quaiquer dúvidas que, ambos desejamos ver um novo rosto no Palácio de Belém” (Público)
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