Política
Crise perturbadora O GLOBO EDITORIAL
O capital é covarde, dizia o saudoso professor Mário Henrique Simonsen, ao explicar certas situações em que os investidores batem em retirada contrariando até mesmo a lógica econômica.
Ontem, as bolsas de valores no mundo inteiro despencaram ao sinal que a crise financeira poderia estar se agravando também na Europa.
É claro que a reação foi mais decorrente do nervosismo que passou a dominar os mercados financeiros do que propriamente reflexo de uma situação real. Instituições financeiras têm em carteira papéis lastreados no setor imobiliário americano, porém em volume e proporções que obviamente não se comparam aos que desequilibraram o sistema nos Estados Unidos. Na Europa também não se formou uma “bolha” imobiliária tão grande, como a que ocorreu nos EUA.
O problema é que esse ambiente de crise na área financeira começou a contaminar a economia real. As operações de crédito estão travadas, especialmente em moeda estrangeira, o que pode prejudicar, por exemplo, o comércio exterior brasileiro.
O ajuste na cotação do dólar frente ao real até funciona como um desestímulo a transações especulativas envolvendo remessas de recursos para o exterior, mas essa alta na paridade foi mais conseqüência da retenção de moeda estrangeira por parte de quem a detém do que por uma saída de capitais.
Nesse sentido, assim como o Banco Central teve de atuar meses atrás retirando de circulação um excesso de moeda estrangeira na economia brasileira, agora as autoridades têm condições de dar tranqüilidade aos agentes econômicos oferecendo temporariamente divisas .
Não se pode afirmar que o pacote de ajuda aprovado semana passada pelo Congresso americano não surtiu o efeito desejado. A “limpeza” das carteiras das instituições financeiras lá será gradativa e, dessa forma, acredita-se que a melhora virá aos poucos.
loading...
-
Piso Para O Câmbio Celso Ming
O Estado de S. Paulo - 22/08/2012 O Banco Central voltou ontem a comprar moeda estrangeira no mercado futuro porque as cotações ameaçavam resvalar para abaixo de R$ 2 por dólar.Aparentemente, a operação não foi o sucesso esperado. Dos 50...
-
As Apostas No Câmbio - Celso Ming
O Estado de S. Paulo - 29/07/2010 Mais do que torcida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai fazendo o que pode para empurrar o Banco Central a colocar em marcha operações cujo objetivo é aumentar a cotação do dólar no câmbio interno (desvalorização...
-
Presente De Grego:: Yoshiaki Nakano
VALOR ECONÔMICO O mercado financeiro se acalmou nesta segunda- feira com as medidas anunciadas no final de semana. A União Europeia anunciou a criação de um fundo de estabilização financeira de 750 bilhões. E mais importante, o Banco Central...
-
O Globo Editorial, Outro Patamar
A crise financeira internacional deve se estender até que os mercados consigam desmontar todas as operações que levaram muitos bancos, empresas e instituições não-financeiras a assumir riscos elevados, aproveitando-se de um longo período de excesso...
-
O Brasil No Vendaval
Folha de S.Paulo EDITORIAL, Autoridades têm meios de prevenir efeitos indesejáveis da crise no país, como a escassez no crédito para exportar A AVALANCHE destruidora da crise global, que não pára de fazer vítimas entre instituições financeiras,...
Política