Crônica de sábado
Política

Crônica de sábado


Um importante papel

Walnize Carvalho

- Até que a proposta é tentadora! Balbuciei no instante em que recolhia a correspondência, na caixa dos correios de minha residência. Em meio a convites, filipetas de propagandas, contas de luz, água, telefone e de outros tributos (carta? Não, nenhuma carta!) me deparei com um envelope branco, onde estava escrito: “Quer economizar papel?”. De imediato, achei - repito – a proposta tentadora, pois seria uma forma de me desvencilhar de tantos guardados nas gavetas.
Fiquei por ali, com aqueles papéis na mão remexendo meus pensamentos: Por onde começaria a faxina? Como me desfazer de desenhos das netas; de bilhetinhos dos filhos em datas especiais; de anotações de pessoas que me são caras; de fotos; das receitas da vovó; das mensagens recebidas de amigos; dos recortes de matérias interessantes de jornais; do meu primeiro caderno de poesias; das pastas, onde estão arquivados todos os meus textos publicados?...
Entrei. Sentei-me no sofá e, ao mesmo tempo, em que arrumava as ideias tratava de separar a correspondência. Depois de verificar o que era do meu interesse detive-me, novamente, no tal envelope branco e observei que no alto do mesmo, havia a logomarca de um Banco. Abri e então, li: “Papel só no que vale a pena- um projeto, cuja ação tem o objetivo de incentivar o cliente a cancelar o recebimento do extrato em papel e aderir ao extrato digital”. E seguia: “Assim fazendo o cliente contribui com práticas mais sustentáveis que podem fazer diferença para o futuro do planeta”.
Louvável muito louvável a iniciativa.
Sem culpa dos meus guardados sentimentais, fixei-me na frase: “Papel só no que vale a pena” e, percebi, que o “meu vale a pena” obedece a critérios pessoais sim, mas operacionais também. Por exemplo: desfaço-me, com naturalidade, de recibos cujo prazo de arquivamento tenham se inspirado; de anotações desnecessárias e até de bulas de remédios...
Ademais, cumpro com meu papel de cidadã, desde ao simples gesto de não jogar papel no chão como o de separar lixo reciclável.
Sem contar que, neste momento, aqui estou frente ao computador, digitando (ou melhor, “catando milho”) na produção desta crônica, que de algum tempo para cá deixou de ser escrita a mão, de ocupar digitador do jornal... e, principalmente, economizando papel!
Retomo assim ao importante papel: o da conscientização. Acredito que cada pessoa e cada ação tem o poder de mudar o mundo.
E sabe o que mais: guardei o envelope onde está escrito o site do “sem papel”. Qualquer hora, quem sabe, eu acesso...



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