Há exatos 20 anos, o poeta Mario Quintana foi-se feito passarinho.
Para marcar a data de sua morte, 5 de maio, aqui vai um poema do livro "Quintana de bolso". (http://bit.ly/1iPPaYX)
O AUTORRETRATO
No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!