Política
Drogas e balas
Êpa! Êpa! Êpa!... - já parafraseando o personagem Juvenal Antena na novela da tevê.
O título da crônica de hoje não tem nada a ver com narcóticos (drogas) e nem tão pouco com o que mata inocentes criaturas (balas... perdidas).
Na verdade é que neste meu olhar atento ao cotidiano das ruas me vem a constatação: como proliferam a cada dia nos centros urbanos drogarias e docerias. Já perceberam?
Saio à rua. Sigo pela calçada. E lá está para meu espanto – onde era um açougue até bem poucos dias – uma bandinha de música tocando e a inauguração de mais uma farmácia com direito a distribuição de papeletas de descontos e adesivos para colocar na geladeira (nada contra, mas não costumo adornar a porta da minha).
Abro novo parêntese (admiro quem tem tempo e vocação para enfeitar sua geladeira com bichinhos, florezinhas, lacinhos – um painel colorido para todos os gostos – e me dá até saudade daquele pingüim da vovó!...).
Mas... voltando ao adesivo com o nome da farmácia que acaba de ser inaugurada... vai que se tenha uma enxaqueca lá pela madrugada?! Útil. Muito útil.
Entro. Olho preços e produtos acotovelando-me com as pessoas – que como eu – querem saber das novidades.
Deixo o local.
Dobro a esquina.
Observo filas que se entrelaçam entre a porta do banco e a nova loja de guloseimas instalada.
E de quarteirão em quarteirão vou vendo os letreiros: Farmácia São Jorge, Drogaria Passe Bem, Balas & Cia., Casa do Biscoito, Doce Delícia e por aí vai...
Eu, como qualquer mortal, confesso que freqüento regularmente os dois ambientes.
Só tenho uma dúvida: o aumento do número de drogarias se dá pelas altas taxas de gordura e glicose advindas do que é adquirido na “loja ao lado” ou o enorme consumo de doces, balas e biscoitos é uma forma de adocicar o amargo preço dos remédios?
Sem encontrar a fórmula para as respostas retorno à casa portando duas sacolas: uma de drogas e outra de balas.
Walnize Carvalho
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