é mais ou menos isto: os problemas da Grécia são mais ou menos iguais aos de Portugal
Política

é mais ou menos isto: os problemas da Grécia são mais ou menos iguais aos de Portugal


Yannis Varoufakis dá uma extensa entrevista à revista "Monthly" onde aborda pormenores da sua demissão após a vitória do "Não" no referendo e a obrigatoriedade exigida pela Cleptocracia Europeia de o converter num "Sim" ou continuar a boicotar a economia grega.

A decisão de Varoufakis de abandonar o governo foi tomada por esta altura: “Quando percebi isto, disse a Tsipras que tinha uma escolha clara a fazer: ou usar os 61,5% do ‘Não’ para ganhar uma nova energia, ou capitular. E disse-lhe, antes que respondesse: ‘se escolhes a última, eu saio”. Olhou-me e disse-me, "eles querem ver-se livres de nós. E depois contou-me a verdade, que havia membros do governo a empurrá-lo para a capitulação. Estava deprimido”.  

Varoufakis demitiu-se e apoiou a ala esquerda dissidente do Syriza que formou o novo partido "Esquerda Unida" que não elegeu nenhum deputado nas eleições que se seguiram.
e que disseram os media?
Varoufakis explica: “Temos uma coisa chamada ‘Hellenic Financial Stability Facility’, uma ramificação do ‘European Financial Stability Facility’, fundo que recebeu 50 mil milhões para recapitalizar a banca grega. Este é dinheiro que os contribuintes gregos pediram emprestado para impulsionar a banca mas (1), enquanto ministro das Finanças, não me deixaram escolher o CEO e nem sequer podia participar nas relações do fundo com os bancos. O povo grego, que nos elegeu, não tinha assim qualquer controlo sobre como é que este dinheiro foi e é usado

Cleptocracia” é como o ex-ministro das Finanças define o Estado grego. “Enfrentámos uma imensa aliança de interesses instalados e de práticas oligárquicas, um verdadeiro triunvirato do pecado na Grécia: primeiro, os bancos, os bancos falidos que são mantidos vivos com o dinheiro dos contribuintes mas sem que os contribuintes possam dizer seja o que for sobre o que eles fazem. Em segundo lugar, os media, particularmente os jornais e os meios electrónicos, que também estão falidos. Mas são controlados pelos bancos, que usaram o dinheiro do resgate para apoiar os jornais e assegurar que cumprem o seu papel de propaganda. Em terceiro lugar, os interesses associados aos investimentos públicos”. Para explicar este último ponto, o ex-ministro lembra que o custo de construção de um quilómetro de auto-estrada na Grécia é três vezes mais do que na Alemanha ou França, “e não é porque as pessoas trabalham menos ou são menos eficientes… Se querem saber o porquê, vejam o Norte de Atenas e estudem as villas sumptuosas e quantos donos e presidentes dessas empresas vivem por lá” (texto original aqui).

(1) a Grécia não vai conseguir gerar um excedente primário de 4% nos próximos 30 anos, que é aquilo que ficou estabelecido



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