O deputado Emiliano José (PT-BA) acusou nesta terça-feira (23) “parte da velha mídia brasileira” de praticar o “jornalismo de campanha” em vez de se ater aos fatos e observar os critérios da imparcialidade na cobertura do dia a dia.
A prática, segundo ele, é caracterizada pelo comportamento de parte do segmento que “assume a liderança da oposição ao projeto político liderado por Lula e Dilma”, ao mesmo tempo em que usa o julgamento da Ação Penal nº 470, cunhada de “mensalão”, com o propósito de “derrotar eleitoralmente o PT”.
Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o parlamentar lamentou que a mídia conservadora e oligopolizada “não demonstre o mesmo interesse em relação ao mensalão do PSDB e do DEM (ex-PFL)”. “O jornalismo de campanha, tal o seu exagero, chegou a provocar comentários jocosos até do relator da Ação Penal 470, ministro Joaquim Barbosa, que ironizou o fato de o mensalão mineiro do PSDB não despertar o interesse da velha mídia”, apontou.
O mensalão do PSDB envolve político mineiros num esquema de financiamentos de campanha, com recursos de estatais, por intermédio do publicitário Marcos Valério, nas campanhas eleitorais de 1998. Há denúncias de que o esquema desviou recursos também para a campanha presidencial de Fernando Henrique Cardoso, no mesmo ano.
Sobre o mensalão do DEM, o parlamentar lamentou que “o assunto ainda não tenha vindo à tona no STF”. Emiliano lembrou que, recentemente, o protagonista do escândalo, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (eleito pelo DEM), disse que “ainda tem muito a dizer”.
O mensalão do DEM no Distrito Federal foi descoberto pela Polícia Federal, que revelou uma rede criminosa para desvios de recursos públicos e enriquecimento pessoal de políticos e funcionários públicos ligados a Arruda.
Em relação às eleições municipais deste ano, Emiliano ironizou a mídia por sua vontade de derrotar o PT, num plano que parecia perfeito. “Em um cenário com uma mídia raivosa, e tendo como pano de fundo um julgamento que tem como réus principais ex-dirigentes do PT, o resultado natural (para a grande mídia) deveria ser a derrota do partido e de seu principal líder, Luiz Inácio Lula da Silva”, raciocinou.
Mas ele Emiliano José destacou que “as trombetas do apocalipse” usadas contra o partido não surtiram efeito. “Analisando o resultado do primeiro turno, não foi desta vez que conseguiram derrotar o PT, nem o presidente Lula”, comentou. O deputado baiano frisou que “no ano do Armagedom petista”, o partido saltou de 558 prefeituras, conquistadas em 2008, para 626 prefeituras agora em 2012. “Sendo o primeiro colocado entre todos os partidos com mais de 17 milhões de votos”, observou.
Ainda de acordo com o parlamentar baiano, esse resultado deixou “os principais articulistas políticos estupefatos”. “Como a realidade ousava contrariar os prognósticos deles? Estava tudo combinado: o mensalão devia impactar as eleições e derrotar o PT. O que deu errado? Como era possível? Faltou só uma coisa: combinar com o povo brasileiro”, apontou.
(Héber Carvalho, PT na Câmara)
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