Entre parênteses, aspas e exclamações
Walnize Carvalho
O exercício da escrita muito mais do que passar para o texto (seja crônica, poesia ou artigo) a ideia, implica autenticidade, expressividade e verdade –principalmente – verdade consigo mesma.
Não importa que se esteja escrevendo sobre fatos observados no dia a dia; sobre algo inusitado; sobre reminiscências; sobre ponto de vista ou sobre sentimentos.
Há de se ter a clareza no que será lido pelo seu leitor –e por que não dizer seu “cúmplice”. É preciso “puxá-lo pra perto”, fisgá-lo já na primeira linha para que,ao fim da “pescaria” ele se sinta satisfeito...e você também!
E para que esta ponte de ligação não venha a se desmoronar é necessário se valer de certos cuidados e critérios.
Tenho por hábito usar em meus escritos alguns “anjos da guarda” com a intenção de que eles dêem o máximo de ênfase às minhas palavras.
São eles: parênteses, aspas, exclamações, sem falar nas reticências e interjeições.
Confesso que não lhes dou sossego e explico: gosto de fazer ressalvas, citações e analogias; extravasar humor, brincadeiras e ironias; dar leveza às palavras; acentuar alegrias e expurgar tristezas.
Como disse, requisito sempre esses fiéis escudeiros - "meus anjos da guarda para fins literários" e eles, de tão solícitos já estão acostumados aos meus chamamentos.
Não me imagino escrevendo sem “explicar muito bem explicadinho”(aí entram os parênteses) nem tão pouco deixar de revelar a admiração pelo que me cerca (aí me valho das exclamações). E quando me pego reproduzindo as gírias faladas pelas netas? ( são as aspas que me salvam). Que seria de mim sem as reticências quando resolvo deixar um suspense no ar?
Quão pobre estariam meus textos sem os : Oh! Ah! Alô! Ufa! Opa! Uau! Arre! Viva! Ai! Ui! sem as interjeições ,que exprimem meus estados emocionais?
Diante de tanta generosidade, só me resta agradecer: para vocês ( ) ( ) ( ) “ “ “ ” “ ” ! ! ! ! ! e ... ... ... todo o me carinho e afeto.
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Walnize Carvalho ...
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Que me visite a simplicidade Úrsula Avner Quero uma vida simples e pacata Amanhã não sei se ainda estarei na estrada Para que o luxo e a ambição ? Entopem as veias do coração são filhos rebeldes da ilusão Quero da vida o ar de montanha...