Era para isso que Marina queria segundo turno? No programa do candidato demotucano apenas promessas vagas e a questão do aborto - o homem agora é defensor da vida.
No programa da mulher também agora é pela vida, ou seja, a politização em cima da questão do aborto empurra ambas candidaturas para um discurso que esmaece os grandes problemas deste país.
Marina, parece ter feito muito mal ao país, quando o segundo turno encaminha para ser uma discussão mais teocrática e fundamentalista do que programática.
É preciso discutir que país queremos para os nossos filhos .Temos aí duas visões distintas de pais e da função do Estado.
Neste sentido, é preciso um programa eleitoral da Dilma que possa apaixonar o povo brasileiro por um pais melhor, o país que está dando certo, porque o Brasil encontrou o seu caminho.
No entanto, o que se percebe é a candidata presa em um discussão mascarada, mascarada porque existem milhares de mulheres fazendo aborto nas mais terríveis situações possíveis.
O que é importante discutir é uma política de saúde para mulher, de mais prevenção, de mais orientação contra toda esta situação, quando crianças aparecem nos lixos todo o santo dia.
Infelizmente, as mentiras, as hipocrisias do demotucano estão espalhadas por toda a parte deste país. E candidata Dilma, sua coordenação está parada, surpresa pelos fatos dos últimos dias.
Certamente, esta primeira semana de campanha não foi boa para a candidata Dilma.
Do outro lado, o candidato demotucano aposta na ignorância do povo brasileiro, em sua incapacidade de perceber a armadilha que foi preparada para a candidata Dilma.
O programa demotucano aposta na despolização do povo brasileiro, em sua incapacidade de pensar sobre quais os projetos de país que estão em disputa.
Isso, sim, deveria ser o debate, não o debate teocrático e fundamentalista, quando não se discute as causas que levam milhares de mulheres brasileiras a fazerem aborto na clandestinidade.
Aborto neste país é um caso de saúde pública, em que este debate hipócrita não deixará o povo brasileiro entender, suas causas e suas consequências para milhares de mulheres.
O legado de Marina para o segundo, certamente não será bom, quando os problemas profundos deste país estão relegados para uma discussão hipócrita e imunda, como esta questão do aborto.
Por fim, parece incrível mas aconteceu. Dilma está presa, por enquanto, a esta armadilha do aborto, como aconteceu com Geraldo na campanha de 2006 com a questão da privatização. Se Dilma não sair rapidamente desta armadilha, a vitória está nas mãos demotucanas. De uma vitória certa para uma derrota impensável, tudo pode acontecer neste segundo turno.
Veja o vídeo abaixo e tire as suas conclusões. SERRA para ser presidente é até capaz de... deixa pra lá.
Pe. Léo - O aborto no Brasil é permitido por lei. Foi o Fernando Henrique Cardoso, atual presidente da República que assinou esta lei. A lei do aborto. Feita nos hospitais públicos pelo SUS.
Portaria assinada pelo Sr. Ministro SERRA, o mesmo que distribuiu só neste carnaval, 10 milhoes de camisinhas. O mesmo que depois vai dizer que é católico?
Vai ser católico assim no meio do inferno rapaz!
É permitido fazer o aborto, mas para nós católico não é
Usar o aborto na campanha pode ser um perigo
Saiu no Blog Amigos do Presidente Lula, que a dra Cureau quis calar:
Serra é o único candidato que já assinou medidas para fazer ABORTOS no SUS, quando ministro da saúde
Isso não é boato, é fato, está documentado abaixo. Repasse essa verdade adiante, em suas listas de email, nas redes sociais, responda a quem criticar Dilma sobre o assunto, imprima e mostre a amigos, na igreja, para recolocar esse assunto no seu devido lugar.
Para o eleitor votar consciente (seja a favor ou contra) e não ser enganado, a primeira verdade que precisa saber é:
O único candidato a presidente nestas eleições que já assinou medidas para fazer abortos foi José Serra (PSDB), quando foi Ministro da Saúde, em 1998.
Ele assinou norma técnica para o SUS (Sistema Único de Saúde), ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez.
A íntegra da norma pode ser lida aqui: http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf
Abaixo, alguns trechos da Norma:
“A garantia de atendimento a mulheres que sofreram violência sexual nos serviços de saúde representa, por conseguinte, apenas uma das medidas a serem adotadas com vistas à redução dos agravos decorrentes deste tipo de violência. A oferta desses serviços, entretanto, permite a adolescentes e mulheres o acesso imediato a cuidados de saúde, à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez indesejada.“
“As equipes envolvidas diretamente na assistência deverão receber treinamento sobre o atendimento humanizado às mulheres que poderão ser submetidas à interrupção da gravidez. Os médicos deverão, além disso, ser treinados para a utilização das diferentes técnicas recomendadas para a interrupção da gestação.“
“Esse atendimento deverá ser iniciado por ocasião da primeira consulta, devendo estender-se a todo o período de atendimento à mulher e após a interrupção da gravidez“
“…se a mulher estiver grávida ou suspeitando de gravidez, deve-se identificar claramente a demanda trazida por ela, focalizada nos seguintes aspectos: identificação do desejo de interrupção da gravidez ou não, discussão a respeito dos direitos legais já garantidos à mulher, existência de valores morais e religiosos que possam determinar ou influenciar a decisão da mulher e a discussão de alternativas à interrupção da gravidez, como a entrega da criança para adoção, a realização de pré-natal etc.“
“VI. ATENDIMENTO À MULHER COM GRAVIDEZ DECORRENTE DE ESTUPRO
Esse atendimento deverá ser dado a mulheres que foram estupradas, engravidaram e solicitam a interrupção da gravidez aos serviços públicos de saúde.“
“Procedimentos para a interrupção da gravidez
O procedimento deverá ser diferenciado, de acordo com a idade gestacional.
I. Até 12 semanas, podem ser utilizados, para o esvaziamento da cavidade uterina, os dois métodos identificados a seguir.
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Luis Nassif Observação: é evidente que a norma é defensável sobre todos os aspectos e destinava-se a colocar em prática a lei. A nota é importante apenas para mostrar a hipocrisia da exploração política. Em novembro de 1998, o então Ministro...